ATA DA OITAVA SESSÃO ORDINÁRIA DA TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SEXTA LEGISLATURA, EM 23-02-2015.

 


Aos vinte e três dias do mês de fevereiro do ano de dois mil e quinze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida por Airto Ferronato, Bernardino Vendruscolo, Clàudio Janta, Dinho do Grêmio, Guilherme Socias Villela, Idenir Cecchim, João Carlos Nedel, Jussara Cony, Kevin Krieger, Lourdes Sprenger, Marcelo Sgarbossa, Mauro Pinheiro, Mônica Leal, Paulinho Motorista, Prof. Alex Fraga, Professor Garcia, Rodrigo Maroni, Tarciso Flecha Negra e Waldir Canal. Constatada a existência de quórum, o Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram Alberto Kopittke, Alceu Brasinha, Cassio Trogildo, Delegado Cleiton, Dr. Thiago, Elizandro Sabino, Fernanda Melchionna, João Bosco Vaz, Márcio Bins Ely, Mario Manfro, Nereu D'Avila, Pablo Mendes Ribeiro, Paulo Brum, Reginaldo Pujol, Sofia Cavedon e Valter Nagelstein. À MESA, foram encaminhados: o Projeto de Lei do Legislativo nº 042/15 (Processo nº 0327/15), de autoria de Lourdes Sprenger; o Projeto de Lei do Legislativo nº 001/15 (Processo nº 0072/15), de autoria de Marcelo Sgarbossa; o Projeto de Lei do Legislativo nº 020/15 (Processo nº 0244/15), de autoria de Márcio Bins Ely; o Projeto de Lei do Legislativo nº 025/15 (Processo nº 0251/15), de autoria de Paulo Brum; o Projeto de Lei do Legislativo nº 007/15 (Processo nº 0120/15), de autoria de Séfora Gomes Mota; e o Projeto de Lei do Legislativo nº 290/14 (Processo nº 3044/14), de autoria de Waldir Canal. Após, foram apregoados os seguintes Ofícios, do Prefeito: nº 237/15, endereçado à Secretaria Municipal de Administração, solicitando providências no sentido de exonerar, a contar do dia de hoje, Carlos Henrique Casartelli, da Titularidade da Secretaria Municipal de Saúde, e nomear, a contar da mesma data e para o mesmo cargo, Jorge Luiz Cuty da Silva; e nº 253/15, informando que se ausentará do Município da manhã do dia vinte e quatro até a manhã do dia vinte e cinco de fevereiro do corrente, quando participará de reunião da bancada gaúcha, a ser realizada em Brasília – DF. Ainda, foram apregoados os Memorandos nos 011 e 012/15, de autoria de Engº Comassetto, informando, nos termos dos §§ 6º e 7º do artigo 227 do Regimento, sua participação, respectivamente, do dia de hoje ao dia vinte e cinco de fevereiro do corrente, no Seminário Nacional Habitat III – Participa Brasil, a ser realizado em Brasília – DF –, e do dia vinte e cinco ao dia vinte e sete de fevereiro do corrente, no III Seminário Nacional de Capacitação Legislativa, a ser realizado em Florianópolis – SC. \Do EXPEDIENTE, constou o Ofício nº 114/15, de Marcos Alexandre Almeida, Coordenador de Filial da Gerência Executiva de Governo da Caixa Econômica Federal. Em GRANDE EXPEDIENTE, pronunciou-se Clàudio Janta. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se Jussara Cony, Prof. Alex Fraga, Marcelo Sgarbossa, Márcio Bins Ely, Dinho do Grêmio, Valter Nagelstein, João Carlos Nedel e Clàudio Janta. Na ocasião, por solicitação de Reginaldo Pujol, foi realizado um minuto de silêncio em homenagem póstuma a Luiz Carlos Pires de Oliveira, falecido no dia vinte de fevereiro do corrente. Também, foi apregoado o Memorando nº 001/15, de autoria de Valter Nagelstein, comunicando seu afastamento a partir do dia de hoje, para assumir a titularidade da Secretaria Municipal de Urbanismo, tendo o Presidente declarado empossado na vereança o suplente Pablo Mendes Ribeiro, informando que Sua Senhoria integrará a Comissão de Constituição e Justiça. A seguir, constatou-se a existência de quorum, em verificação solicitada por Idenir Cecchim. Às quinze horas e trinta e sete minutos, constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA. Em Votação, foi aprovado o Requerimento nº 008/15 (Processo nº 0311/15), por vinte e um votos SIM, após ser encaminhado à votação por Reginaldo Pujol, em votação nominal solicitada por Clàudio Janta, tendo votado Bernardino Vendruscolo, Cassio Trogildo, Clàudio Janta, Delegado Cleiton, Dinho do Grêmio, Dr. Thiago, Elizandro Sabino, Idenir Cecchim, João Carlos Nedel, Jussara Cony, Kevin Krieger, Márcio Bins Ely, Mario Manfro, Mônica Leal, Paulinho Motorista, Prof. Alex Fraga, Reginaldo Pujol, Rodrigo Maroni, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra e Waldir Canal. Em Discussão Geral e Votação, foi apreciado o Projeto de Lei do Executivo nº 033/14 (Processo nº 2204/14), após ser discutido por Rodrigo Maroni, Dr. Thiago, Sofia Cavedon, Jussara Cony, Delegado Cleiton, Bernardino Vendruscolo e Clàudio Janta. Foi aprovada a Emenda nº 01 aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 033/14. Foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo nº 033/14. Durante a apreciação do Projeto de Lei do Executivo nº 033/14, Marcelo Sgarbossa, Márcio Bins Ely e Paulo Brum cederam seus tempos de discussão, respectivamente, a Sofia Cavedon, Jussara Cony e Dr. Thiago. Na ocasião, foi apregoado Requerimento de autoria de Séfora Gomes Mota, deferido pelo Presidente, solicitando autorização para representar externamente este Legislativo no Seminário Nacional Habitat III – Participa Brasil, do dia de hoje ao dia vinte e cinco de fevereiro do corrente, em Brasília –DF. Também, foi apregoado documento de autoria de Carlos Casartelli, informando que deixa, no dia de hoje, o cargo de Secretário Municipal de Saúde, e comunicando seu impedimento temporário para assumir o mandato de vereador entre o dia vinte e três de fevereiro e o dia oito de março do corrente. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 104/14 (Processo nº 1091/14). Em Votação, foi aprovada a Indicação nº 068/14 (Processo nº 2897/14). Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 219/13 (Processo nº 1999/13). Durante a apreciação do Projeto de Lei do Legislativo nº 219/13, Mauro Pinheiro afastou-se da presidência dos trabalhos, nos termos do artigo 22 do Regimento. Às dezesseis horas e quarenta e oito minutos, o Presidente declarou encerrada a Ordem do Dia. Em continuidade, foi aprovado Requerimento de autoria de Idenir Cecchim, solicitando a retirada de tramitação do Projeto de Lei do Legislativo nº 293/14 (Processo nº 3048/14). Em COMUNICAÇÕES, pronunciaram-se Márcio Bins Ely e Mauro Pinheiro. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciou-se Sofia Cavedon. Em PAUTA, Discussão Preliminar, 1ª Sessão, estiveram os Projetos de Lei do Legislativo nos 265, 270, 272, 283, 287, 080, 203 e 291/14 e 008/15, estes quatro discutidos por Sofia Cavedon, Clàudio Janta e Delegado Cleiton, e os Projetos de Resolução nos 039, 040, 041 e 042/14. Durante a Sessão, Sofia Cavedon manifestou-se acerca de assuntos diversos. Às dezessete horas e vinte e dois minutos, o Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os vereadores para a sessão ordinária da próxima quarta-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos por Mauro Pinheiro, Paulo Brum e Delegado Cleiton e secretariados por Waldir Canal. Do que foi lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada pelo 1º Secretário e pelo Presidente.

 

 


O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Passamos ao

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

O Ver. Clàudio Janta está com a palavra em Grande Expediente.

 

O SR. CLÀUDIO JANTA: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, nós iríamos usar estes 15 minutos para fazer uma avaliação dos nossos dois anos de mandato nesta Casa, mas, diante do atual momento político do País, não vamos prestar contas à população de Porto Alegre do que estamos fazendo. A Ver.ª Sofia até acha melhor prestarmos contas, mas infelizmente, Vereadora, muitas turbulências têm acontecido neste País, e nós queremos usar este Grande Expediente para dizer ao povo brasileiro, à população de Porto Alegre que hoje recebemos, em meio a grandes turbulências... Vejam a Operação Lava Jato, a explosão da plataforma da Petrobras, tudo que está acontecendo, os desvios de dinheiro público do BNDES, a Presidente dizendo em seu discurso, na campanha eleitoral, que, nem que a vaca tossisse, mexeria no direito trabalhista, e a gente viu essa vaca tossindo. Nós estamos atentos em Brasília às Medidas Provisórias nºs 664 e 665, que mexem no direito dos trabalhadores, que tiram direitos dos trabalhadores, e a Presidente se contradiz em seu discurso, tira o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, mexe no dinheiro do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço. Volto a afirmar nesta tribuna que o seguro-desemprego não tem nada a ver com a Previdência Social. Os 8% de contribuição dos trabalhadores ao FGTS quem paga é cada um de nós que está aqui, quem paga é o consumidor, porque isso, como qualquer tributo, vai para o final, vai para o preço dos produtos. Somos nós que pagamos, não é a Previdência Social. Então, o seguro-desemprego não tem nada a ver com a Previdência Social; eles querem é tapar o rombo do BNDES. Apreenderam umas lanchinhas lá do Eike Batista, sua Lamborghini, seu carrão – seu Porsche Cayenne – e mais alguns de seus brinquedinhos, mas que não recompõem sequer 10% do dinheiro que o Eike Batista pegou no BNDES e ou que tem pegado.

O custo da produção deste País cada dia vem aumentando mais. A Presidente quer mexer no PIS; o PIS nada mais é do que um 14º salário para o trabalhador que ganha muito pouco, que trabalhou um período no ano com Carteira assinada. A Presidente vem mexendo muito na questão do FAT, na composição do BNDES, tirando a representação dos trabalhadores do Fundo do Conselho de Desenvolvimento Econômico. Ela vem alterando muito os recursos do FAT e do BNDES, que, em vez de estarem disponíveis para o que foram criados, saneamento e a habitação, vêm sendo destinados a outras coisas. As reservas do Governo estão acabando; as reservas do Governo estão dificultando cada vez mais e isso vem sendo demonstrado – está aí o “petrolão”, está aí tudo o que vem acontecendo.

Então nós queremos dizer que esse escândalo vem atingindo o Brasil inteiro, mas vem atingindo principalmente os trabalhadores. Lembro que esta Casa aprovou uma Moção Apoio e Solidariedade ao Polo Naval de Charqueadas, aqui de perto, de onde milhares de trabalhadores foram demitidos; também o Polo Naval de Rio Grande. Eu fui nomeado pela minha Central para, junto com outros membros da Força Sindical, visitar todos os polos navais de todo o Brasil, fazer o levantamento do número de demissões não só diretas do Polo Naval, mas o número de demissões indiretas, algo que também está ocorrendo no Polo Naval. E aprovamos aqui essas Moções de Solidariedade.

E os escândalos vêm acontecendo, e os escândalos vêm aumentando cada vez mais, e cada vez mais se tenta tapar o sol com a peneira; cada vez mais se tenta dizer que isso não está acontecendo. Tenta-se dizer que isso não tem nada a ver com este Governo. Isso é deste Governo, isso pertence a este Governo, e este Governo tem a responsabilidade de resolver isso. Este Governo tem a responsabilidade de prestar esclarecimentos à sociedade. Não pode o Sr. Ministro da Justiça receber os advogados das empreiteiras! É inadmissível, num País democrático, receber-se os advogados de quem é devedor, de quem o País terá de acusar! Ir lá se consultar!? Ir lá pegar esclarecimentos!? Ao Ministro da Justiça cabe fazer justiça neste País, e justiça é botar as pessoas que tomaram dinheiro dos trabalhadores na cadeira; justiça é fazer devolver o dinheiro que foi desviado, que poderia ser usado na saúde e na educação.

E essas dificuldades financeiras nós estamos vendo aqui no nosso Estado, nós estamos vendo também na nossa Cidade. Tanto no Governo do Estado quanto aqui na Cidade existe a dificuldade de cumprir com as obras que foram estabelecidas, a dificuldade de cumprir com os cronogramas das obras. Faltam recursos para os Municípios, faltam recursos para cumprir com as obras: os corredores de ônibus até hoje estão inacabados, as obras da Copa do Mundo que ficaram para trás – as das Avenidas Voluntários da Pátria, Osvaldo Aranha e da própria Beira Rio –, a questão da saúde, das UPAs que não foram concluídas; tudo o que foi prometido, mas que não foi cumprido, não foi feito. Acho que ficou muito a desejar a esfera federal. Nós estamos marcando para os meses de fevereiro e março grandes atividades do movimento sindical.

Mas eu quero falar um pouco, Vereadores, daquilo que saiu, no final de semana, com relação à passagem dos ônibus no Município de Porto Alegre. Os senhores empresários foram à imprensa dizer que os ônibus de Porto Alegre permitem somente um lucro de R$ 0,20. Isso é um absurdo! Uma pessoa vai lá no BNDES e pega dinheiro a fundo perdido, pega financiamento para comprar ônibus a fundo perdido, negocia com a Pirelli, com a Goodyear, com a Firestone a compra de pneus a longo prazo; negocia com as indústrias metal-mecânicas, de Caxias do Sul, financiamento de peças a longo prazo e só terá um lucro de 20 centavos! Um lucro de 20 centavos, Ver.ª Sofia, é uma vergonha! Pobres desses homens que têm um lucro de 20 centavos no transporte coletivo de Porto Alegre! Tiveram uma redução de impostos, e esta Casa aprovou. E os coitadinhos têm um lucro de R$ 0,20 num sistema que transporta, em Porto Alegre, 17 milhões de pessoas, dando um lucro para esses senhores, exatamente, de R$ 3,4 milhões. E houve colegas Vereadores que vieram aqui na tribuna dizer que os coitadinhos estão trabalhando de graça...

Três milhões e quatrocentos mil e eles acham que isso é de graça. Três milhões e quatrocentos mil, com financiamento para comprar um ônibus, a fundo perdido! E com o lucro de R$ 3,4 milhões, e eles acham que é de graça. Olha! Eu queria um negócio desse, Ver. Idenir Cecchim, o senhor não vê, vinte centavos por centímetro de pedra colocada por metro, ou por... O senhor não vê R$ 0,20, o senhor não vê 3,4 milhões de pedra colocada. Então, eu acho que começaram a aparecer os números, os quais tanto se cobram nesta Casa. Fiquei com pena de os empresários ganharem somente R$ 0,20. Fiquei mesmo estarrecido, porque eu acho que nenhum dono de botequim tem um lucro de R$ 0,20. Isso é lucro, se ele tirou tudo. Ele tirou tudo, tudo, tudo: tirou o salário, tirou os impostos, tirou tudo e levou R$ 0,20, gente, limpinho! Vinte centavos limpinhos, mas não são R$ 0,20 de um, não são R$ 0,20 de dez, nem de cem, nem de mil; são R$ 0,20 de R$ 17 milhões! É muito dinheiro! Se não quer, devolve. Por que não participaram das duas licitações que a Prefeitura fez? Porque é muito dinheiro, é muita grana. Vinte centavos é muito dinheiro, e isso só com o lucro da passagem, porque tem os anúncios, Tarciso, que podem ser colocados atrás do ônibus, aquilo lá paga. Tem o anúncio que vai dentro do ônibus, aquilo lá paga. Então é mais! Isso é a passagem. Os coitadinhos, que têm mansões na Zona Sul de Porto Alegre, que desfilam anualmente com os melhores carros disponíveis no mercado – carros de R$ 500 mil são os mais baratos –, que fazem viagens a qualquer hora, ganham só R$ 0,20. Então devolvam! Eu já cansei de dizer nesta tribuna: ninguém fica com nada que não dá dinheiro, e eles assumiram aqui porque ganham R$ 0,20. Se eu tiver uma linha de ônibus em que só andam dez pessoas, eu vou ganhar pouquinho; mas não é, está aqui no jornal: são 17 milhões de pessoas que usam o transporte. É muito dinheiro, é muita gente! Fora o restante.

Volto a dizer aqui, em alto e bom som: eu fui membro do Conselho de Administração do BNDES. A maioria da frota de ônibus, Ver. Ferronato, foi comprada a fundo perdido. Tem dinheiro lá do Governo Federal! Os senhores empresários tinham que estar junto com o Prefeito, lá em Brasília, lutando para diminuir os impostos do combustível, para o dinheiro do combustível vir para cá, e não para o bolso deles, como foi o dinheiro. Eles não fazem nem uma parada de ônibus, quem faz é o Poder Público; eles não querem nem fazer um banheiro para os cobradores e motoristas, quem tem que fazer é o Poder Público. Eles querem que o Poder Público faça tudo!...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Presidente concede tempo para o término do pronunciamento.)

 

O SR. CLÀUDIO JANTA: ...Eles só querem ganhar dinheiro, querem usar a jugular do povo de Porto Alegre. Então que esses empresários – coitados! –, que só ganham R$ 0,20, devolvam as linhas de ônibus para a Prefeitura de Porto Alegre ou que sejam suficientemente homens para participar das licitações, que vão lá e digam que querem ganhar R$ 0,21 – o que dá R$ 17 milhões a mais, pelo número de passageiros.

Com força, fé, solidariedade e esperança, nós vamos seguir lutando pelos trabalhadores e suas famílias e contra esse monopólio do transporte coletivo de Porto Alegre. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Cassio Trogildo está com a palavra em Grande Expediente. (Pausa.) Desiste.

A Ver.ª Jussara Cony está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

A SRA. JUSSARA CONY: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, venho a esta tribuna, porque daqui a dois dias, na próxima quarta-feira, às 18 horas, em frente à Faculdade de Direito, nós queremos dar um abraço em uma árvore que é o símbolo da luta do movimento estudantil em plena época do regime militar. Eu já contatei os colegas: Ver.ª Sofia, que tem toda uma luta na área ambiental; Professor Garcia, Cecchim, Ferronato, Pedro Ruas, Nereu e eu, porque éramos estudantes naquela época, éramos dos movimentos sociais. Eu já contatei com eles para nos incorporarmos num ato em que o próprio Dayrell, o estudante que subiu na árvore, secundado pelo Saraçol e pelos diretórios acadêmicos; nós, estudantes de 1972, 1973, 1974, da Faculdade de Farmácia do Rio Grande do Sul, dirigimos o Diretório Acadêmico que, aliás, estava fechado quando entramos em 1972 e tínhamos feito a 1ª Semana Acadêmica de Estudos Farmacêuticos com a presença de 600 estudantes de todo o Brasil – eu fui a presidente dessa 1ª Semana -, e quem abriu a Semana foi José Lutzenberger, exatamente no momento em que a Agapan começava a ser uma referência histórica na luta pelo meio ambiente. Eu lembro do significado do José Lutzenberger, em 1974. Nós estamos aqui com a presença do Sérgio Luiz Bitencourt, do Comitê Carlos De Ré, e eu peço que leve um convite ao Comitê, porque o Raul Ellwanger, tu e tantos outros que somos da mesma geração de estudantes. Então, nós estamos construindo isso. O Sérgio Saraiva, o Pantera, jornalista, que mora em Garopaba, fez contato conosco, eu, o Dayrell e o Saraçol, e todos aqueles que já estamos convidando. Isso não é um movimento de ninguém. Isso é um movimento do resgate histórico da luta estudantil, que no ano de 1975 foi fundamental esse ato que o companheiro Dayrell fez. Era a primeira árvore da fila, uma Tipuana, uma Acácia da espécie Tipa, localizada bem ali na frente, no Viaduto Leopoldina – onde era para construir o viaduto –, na frente da Faculdade de Direito. E ali, o Dayrell foi o pivô, em todo o movimento estudantil, de um fato histórico. O Ver. Ferronato também foi um dos companheiros da época. Em frente à Faculdade, foi um fato histórico que causou uma grande repercussão na imprensa e na sociedade gaúcha, bem nos meados da década de 1975.

No plano da construção do viaduto, cujas obras estavam sendo iniciadas, na Av. João Pessoa, sobre a Perimetral, a Av. Loureiro da Silva, estava previsto derrubar uma lista de árvores, inclusive essa, para viabilizar o alargamento da pista de rolagem. Ao final, não precisariam ter derrubado aquelas árvores; e essa, de uma forma muito especial.

Às 11h do dia 25 de fevereiro de 1975, os funcionários da Secretaria Municipal de Obras e Viação, com a missão de cortar as árvores sobre a calçada, em frente à Faculdade de Direito, interromperam o trabalho para irem almoçar e deixaram - como eles mesmo disseram - para depois fazer o serviço da última árvore. Foi nesse momento que o Dayrell - estudante da Faculdade de Engenharia de Eletrotécnica, Carlos Alberto Dayrell, aliás, ele é natural de outro Estado do Brasil e veio estudar aqui –, morador da casa do estudante, movimentou toda a casa do estudante, todo o RU, todas as faculdades. Ele aproveitou para subir na árvore, e nós perguntamos para ele: “Como é que tu conseguiste subir nessa árvore?” Ele disse: “Eu usei a escada dos funcionários, a que eles tinham deixado ali”. Então, há um desafio até se a gente vai conseguir... Mas nós não queremos subir na árvore. Quem subiu foi o Dayrell, e ele tem que fiar com esse símbolo. Nós queremos abraçar essa árvore. E depois foi secundado pelo Marcos Saraçol, da Matemática, e a Teresa Jardim, da Faculdade de Biblioteconomia; foram dois rapazes e uma mulher. O Dayrell foi cidadão de Porto Alegre, por esse ato. E eu quero dizer aos senhores, a gente que vivenciou cada movimento estudantil, naquele momento foi um ato que nos deu muita coragem, e eu lembro que em seguida, em 1976...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Presidente concede tempo para o término do pronunciamento.)

 

A SRA. JUSSARA CONY: ...Em 1976, foi a queda da Lapa, que dizimou uma parte considerável, praticamente todo o Comitê Central do Partido Comunista do Brasil. Então, subir naquela árvore foi considerada uma ofensa grave, intolerável à ordem institucionalizada no regime de exceção. Logo em seguida, nós estávamos na Praça Argentina e em outros lugares enfrentando o Choque: aquilo deu uma coragem enorme aos estudantes daquela época, uma coragem para resistir, uma coragem para lutar pelas liberdades democráticas. E nós queremos dar um abraço nessa árvore. Todos os Vereadores e todas as Vereadoras estão convidados. Eu quero agradecer muito ao Dayrell, ao Saraçol e ao Sérgio Saraiva, mais conhecido como Pantera, que me convidaram para fazer parte desse pequeno comitê que está organizando esse ato. Obrigada pela atenção dos Vereadores, principalmente dos Vereadores daquela época, que foram citados. Claro que eles têm que estar lá, porque estavam lá, Nereu, resistindo, estavam lá, Garcia, Ferronato, Cecchim, resistindo...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

(Não revisado pela oradora.)

 O SR. REGINALDO PUJOL (Requerimento): Sr. Presidente, eu venho aqui, com pesar, registrar o falecimento, no dia 20 de fevereiro, do Luiz Carlos Pires de Oliveira, o Bolinha, editor do jornal A Voz do Amadorum jornal de circulação periódica que incentiva o esporte amador – e ex-funcionário desta Casa. O Bolinha, por logos anos, foi servidor da Casa, deixou aqui muitos amigos, como deixa, agora, no seu passamento, vários amigos. Quero fazer esse registro com muito pesar e requerer a V. Exa. que promova um minuto de silêncio em homenagem póstuma ao nosso ex-colega.

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Acolho de imediato, Ver. Reginaldo Pujol. Realmente, quem pratica esporte, conhece e sabe da importância do Bolinha na divulgação do esporte amador. Então, é justo e merecido, defiro o pedido.

 

(Faz-se um minuto de silêncio.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Prof. Alex Fraga está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. PROF. ALEX FRAGA: Boa tarde a todos os presentes; Presidente Mauro Pinheiro, em meu nome e em nome da Bancada do PSOL, da Ver.ª Fernanda Melchionna, gostaria de dar visibilidade a uma notícia. Essa notícia não teve grande repercussão, pelo menos, na grande mídia. Quinta-feira passada, dia 19 de fevereiro, houve uma ocupação no bairro Rubem Berta, na Zona Norte de Porto Alegre, que foi invadido por policiais que espancaram alguns dos populares que estavam ocupando esse terreno. Eu gostaria de fazer a leitura de um pequeno fragmento de texto do jornal Zero Hora de hoje, segunda-feira, dia 23 de fevereiro (Lê.): “Homens que participavam de uma ocupação de terreno no bairro Rubem Berta, na Zona Norte de Porto Alegre, denunciaram à polícia terem sido espancados por um grupo de PMs. O fato teria ocorrido na quinta-feira à noite, 19 de fevereiro. A queixa foi registrada na 22ª Delegacia de Polícia Civil. A Brigada Militar, por determinação da Secretaria da Segurança Pública, também abriu inquérito para verificar a veracidade das queixas. Os denunciantes admitem ter invadido um terreno na Avenida Balthazar de Oliveira Garcia há 15 dias, mas teriam sido expulsos por um grupo de PMs, que os espancou e atingiu com spray de pimenta. Eles também teriam sido sufocados com sacos plásticos na cabeça e tido seus pertences quebrados. Alguns dos barracos ocupados pelos invasores foram desmanchados. Três homens fizeram exames de lesões corporais, que serão anexados ao inquérito aberto pela Polícia Civil”. Isso parece coisa de filme, não é? Tropa de Elite, aquela coisa toda. Só que, em vez dos ditos heróis, que, muitas vezes, são vendidos como tal, isso aqui, para mim, é crime de tortura: sufocamento com saco plástico, espancamento. Quando os ditos homens da lei agem fardados, acredito eu que estejam sob o mando do Poder Executivo. Então, eu gostaria que o nosso Governador José Ivo Sartori se atentasse mais com respeito aos seus subalternos, aos seus indicados. Isso é inaceitável numa sociedade democrática, direitos civis sendo lesados de qualquer forma. Isso é brutal! Isso é animalesco! Nós, aqui em Porto Alegre, que tanto nos preocupamos com os direitos dos animais. Eu fico pensando: será que os seres humanos também não são animais e não merecem direitos? Isso é terrível! Por isso, aproveito este espaço para convidar todos os Vereadores para que, amanhã, na Comissão Direitos Humanos, possam ouvir os envolvidos nesse fato às duas horas da tarde. Compareçam, por favor!

Gostaria de utilizar os últimos minutos para fazer um alerta ao nosso Prefeito. Porto Alegre, como já falei, não apresenta problemas com relação à água atualmente, mas é uma preocupação de todos nós, brasileiros, os problemas com relação à energia elétrica. Estamos vivendo momentos de contenção – não racionamento –, mas a nossa conta de energia elétrica está cada vez mais pesada. Porém Porto Alegre poderia ter atitudes pró-ativas no que se refere ao melhor aproveitamento dos nossos recursos. A Zona Sul de Porto Alegre apresenta um aterro sanitário inativado. Aterros sanitários são produtores naturais de metano, ou biogás. Esse gás está indo diretamente para a atmosfera, contribuindo para um problema moderno, que é o aquecimento global. Poderíamos utilizar justamente esse metano como fonte de energia.

Eu trouxe aqui um recorte do jornal O Sul, do dia 6 de fevereiro, falando de um combustível da natureza para o tanque dos automóveis. O jornal O Sul trouxe uma ótima reportagem mostrando o ônibus da Scania movido a biometano made in RS. (Mostra jornal.) Então, é uma alternativa viável. Isso aqui poderia ser utilizado justamente para baratear o nosso transporte coletivo, pelo qual hoje pagamos aviltantes R$ 3,25. Isso é um absurdo! É para deixar a população mais carente, com menor poder econômico...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Presidente concede tempo para o término do pronunciamento.)

 

O SR. PROF. ALEX FRAGA: ...a população mais carente, que depende dos meios coletivos de transporte público poderia ter, em parte, barateado o preço das suas passagens através dessa iniciativa. Temos metano em Porto Alegre. Por que não construir uma usina de processamento? É só captar esse biogás, filtrá-lo, purificá-lo e, depois, utilizá-lo. Boa parte da nossa frota de táxis também utiliza metano, só que esse metano vem via encanamento, nós podemos produzi-lo aqui em Porto Alegre. Por que não, também, uma segunda alternativa, a utilização desse biogás para a produção de energia termoelétrica? As termoelétricas no Rio Grande do Sul são estúpidas, são medievais, elas utilizam carvão mineral, e isso é uma barbaridade. O biogás é o futuro da energia termoelétrica...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Marcelo Sgarbossa está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. MARCELO SGARBOSSA: Boa tarde, boa semana a todos e todas; a Cidade começa hoje, nesta segunda-feira, com a nova tarifa do transporte coletivo, o que desestimula as pessoas a deixarem seu automóvel, sua moto em casa. Pelo contrário, as estimula a comprar seu automóvel, seu veículo individual e não usarem o transporte coletivo, o que acaba gerando um círculo vicioso. É bem verdade que muitas pessoas têm tomado essa decisão, encarecendo, inclusive, o valor da tarifa, já que ela é calculada pelo IPK, o Índice de Passageiros por Quilômetro, que vem reduzindo ao longo dos últimos anos.

No final da semana passada, na quinta-feira, o Conselho Municipal de Transportes Urbanos – como faz sempre – acabou adotando a posição do Governo e concordando com o valor sugerido da tarifa, que foi, algumas horas depois, sancionado pelo Prefeito. Então, nós tivemos, no final da semana passada, já uma nova tarifa, que subiu de R$ 2,95 para R$ 3,25.

Diante dessa decisão, nós observamos os fundamentos do novo cálculo e três deles saltam aos olhos. Não precisa entender muito para perceber que há alguma coisa errada e injustificada nesse aumento da tarifa. Por meio do Decreto nº 18.942, de 9 de fevereiro de 2015, foram alteradas as formas de cálculo da tarifa, em especial, aqui nos atemos, e digo isso tudo baseado numa ação popular que impetramos nesse final de semana. Por esse Decreto, a vida útil dos pneus – vejo que o Ver. Nedel me escuta atentamente –, que até 2014 era de 230 mil quilômetros, passou para 170 mil quilômetros; houve uma redução de 50 mil quilômetros na vida útil dos pneus, de 2014 para 2015. Então, esse Decreto, ao reduzir a vida útil dos pneus, acaba, logicamente, aumentando o valor da tarifa. Depois, o consumo do combustível, que podemos entender que há um aumento, pois as ruas estão mais trancadas; mas o que justifica um mesmo veículo, uma mesma categoria de ônibus aumentar o consumo de 0,4 litros/quilômetro para 0,7 litros/quilômetro? Pego a categoria 15, que é motor dianteiro, com ar-condicionado. Ou seja, o decreto de 9 de fevereiro deste ano aumentou o consumo, que considerou que os ônibus passaram a consumir 74% a mais. Então, vejam que de 2014 para 2015 o mesmo ônibus passa a consumir 74% a mais de diesel. Não há uma justificativa plausível que possa nos convencer.

E, por último – essa questão talvez não tenha uma ligação tão direta, mas nos salta aos olhos –, as tarifas eram calculadas com base no valor do diesel fornecido pela Agência Nacional de Petróleo, que faz uma pesquisa da média dos preços na cidade de Porto Alegre. Pois bem, a Prefeitura, através do Decreto, de 9 de fevereiro, abriu mão dessa fonte de referência, e agora utiliza como fonte de referência o valor fornecido pelas empresas. Ora, não quero aqui lançar dúvidas ou dizer que há algum tipo de relação escusa quanto ao fornecimento de informações de parte das empresas à Prefeitura, mas gostaríamos que a Prefeitura viesse e explicasse qual o motivo que a faz abrir mão de uma consulta a um órgão oficial para passar a se basear, tão somente, no preço fornecido pelas empresas, da média de consumo do combustível.

Então, entramos com a ação popular. Já no ano passado, pelo processo licitatório, a Bancada do Partido dos Trabalhadores havia ingressado judicialmente, estamos habilitados no processo judicial que trata da licitação, e agora, com base nesses fundamentos, ingressamos com uma ação popular. O mérito da ação é a anulação desse Decreto que acabou embasando o aumento dos preços e fizemos o pedido liminar, e nos foi indeferido, do qual podemos recorrer. Seremos intimados, ainda nesta tarde, e poderemos recorrer ao juízo de plantão, e agora será distribuído para uma das varas da Fazenda pública.

Então, seguimos lutando junto com os partidos de oposição para termos um transporte mais justo na Cidade, uma tarifa mais justa. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Marcio Bins Ely está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. MARCIO BINS ELY: Sr. Presidente, Ver. Mauro Pinheiro; Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, venho a esta tribuna em Comunicação de Líder pelo meu partido, o PDT, falar a respeito da mudança nas Av. Borges de Medeiros e Praia de Belas. Acho que o nosso Governo está tendo a coragem de implementar algumas modificações importantes para a Cidade e classifico esta modificação também como mais uma importante intervenção no trânsito em prol do interesse coletivo da Cidade.

Eu fiz questão, Ver. João Bosco, de passar pelo binário no sábado e no domingo. É bem verdade que algumas pessoas ainda não se acostumaram com a ideia de transitar na contramão – entre aspas – pois agora virou mão única nos dois sentidos. Poucas pessoas pegam a esquerda da Borges de Medeiros para ir para a Zona Sul ou a esquerda da mão da Praia de Belas para vir para o Centro. Mas algumas situações me chamaram a atenção.

Eu me recordo, Ver. Cassio Trogildo – que na época era Secretário de Obras, e estava no Planejamento o Ver. Valter, que está assumindo a SMURB agora –, que essa pauta do binário já estava na agenda dos debates da implementação no que diz respeito ao transporte e à circulação de pessoas, bicicletas, especialmente ao transporte coletivo naquele eixo que liga a Zona Sul ao Centro Histórico, e sem dúvida alguma tem reflexo importante num bairro da Cidade em que há um grande adensamento, que é o bairro Menino Deus.

Algumas questões precisam ser observadas, e eu trago um exemplo. Ali em frente ao shopping, ali no estacionamento da Secretaria de Esportes, no Parque Marinha do Brasil, bem ali na frente tem uma parada de ônibus. Só que a EPTC deslocou a faixa de segurança mais para frente um pouco, para ficar bem em frente à entrada do shopping. E o que acontece? As pessoas descem do ônibus e vão atravessar a rua; então elas olham para o sul, pois os carros vinham da Zona Sul. Mas os carros não estão mais vindo daquela direção, os carros estão vindo do Centro! Então, ali é importante que se faça uma sinalização não só para os carros, mas também para os pedestres, senão pode acontecer de alguém ser atropelado ali. O mesmo vale para a Av. Praia de Belas: as pessoas, por exemplo, saem do shopping – as pessoas que vão seguidamente ao shopping ou que são da região – e olham para a esquerda para atravessar a rua, pode acontecer de serem atropeladas pelo outro lado.

Então, é óbvio que a nossa equipe técnica, a Prefeitura, os servidores da EPTC, em conjunto com quem está fazendo a estratégia da implementação desse binário há bastante tempo, devem estar atentos a esse tipo de questão, mas é claro que a gente quer aqui também dar a nossa contribuição para o debate, porque nós fizemos questão de ir in loco fazer o trajeto, nos dois sentidos. Esta semana vamos fazer de novo para dar também a nossa contribuição, mas acho que o Governo acerta.

Nós tivemos outros exemplos, como na Av. Independência, em que houve uma situação muito parecida; hoje a Av. Independência e a Rua Vasco da Gama fazem um binário, e ali também seguidamente há problemas de atropelamentos pelas lotações ou ônibus.

Quero cumprimentar o Prefeito, a equipe, em especial o Cappellari, pela coragem de fazer essa implementação na Cidade, esperamos que ela possa colaborar no sentido de dar uma solução importante para o fluxo de veículos – são 30 linhas de ônibus que circulam ali e que estão sendo deslocadas da Borges para a Praia de Belas –, e é claro que nós vamos aguardar ainda um ajuste de horários, de semáforos, tanto para pedestre quanto para carros. Há uma carência de adaptação, mas a gente está observando essa importante intervenção na Cidade, que afeta um número expressivo de pessoas, de pedestres, de carros e de quem usa o transporte coletivo. Nós esperamos que, ao fim e ao cabo, essa possa vir a se tornar uma boa solução para a Cidade. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Dinho do Grêmio está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. DINHO DO GRÊMIO: Boa tarde a todos, quero cumprimentar o Presidente Mauro e todos os meus colegas. Quero homenagear meus colegas Valter e Nereu, que fizeram uma homenagem a dois atletas superimportantes na história do Rio Grande do Sul, Fernandão e Tinga. Parabenizo pela escolha desses dois nomes. É muito bom quando a gente recebe homenagens em vida. Infelizmente o Fernandão não está mais conosco, mas que bom que o Nereu propôs essa homenagem; e o Valter teve a iniciativa de homenagear o Tinga, meu amigo particular. Recebo homenagens nos lugares em que vou, representando, principalmente, o Grêmio; o Tarciso também recebe homenagens.

Quero parabenizar também a iniciativa do Internacional ao propor a torcida mista, que vai ocorrer no próximo domingo, no Beira-Rio. Esperamos que não haja nenhum incidente, e que a gente possa passar para o resto do Brasil um exemplo a ser seguido, que a gente possa servir de espelho para outros Estados. Parabenizo também a abertura da Av. Borges de Medeiros, para que as duas torcidas possam ir e vir sem nenhuma confusão. Com certeza, dará tudo certo. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Valter Nagelstein está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. VALTER NAGELSTEIN: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, em primeiro lugar, quero agradecer ao Ver. Dinho a menção que faz à nossa iniciativa. Muito obrigado.

Meus queridos companheiros, quero mandar um abraço ao Ver. João Dib, que tenho certeza de que está nos acompanhando, e dizer que recebi aqui a cópia do jornal O Sul, da coluna do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul, que fala a respeito da transparência nas tarifas do transporte coletivo, Ver. Manfro. Quero lembrar que tramita aqui nesta Casa um projeto de lei de minha autoria, Ver. Cecchim, obstaculizado há algum tempo, mas é um projeto que, na verdade, busca dar mais transparência ainda, embora esta Casa receba sempre o processo do aumento da tarifa do transporte coletivo de Porto Alegre. Nós sempre recebemos aqui na CEFOR, mas havia uma reclamação que não se recebia; então há um projeto de lei tramitando aqui nesta Casa, determinando que essas informações sejam colocadas no Portal Transparência da Prefeitura. E eu, até como discurso de despedida, gostaria de pedir aos meus companheiros que, neste ano de 2015, nós pudéssemos apreciar, quiçá, essa matéria que eu acho que é muito relevante, Ver.ª Cony.

Meus companheiros, eu quero agradecer ao Líder do meu Partido, Ver. Idenir Cecchim, aos meus companheiros de Bancada, Ver.ª Lourdes Sprenger e Ver. Professor Garcia, e quero dar um abraço no Ver. Pablo Mendes Ribeiro. Quero, dando esse abraço e agradecendo, me dirigir a cada um dos Vereadores e Vereadoras aqui, convidá-los para daqui a pouco mais, às 16 horas, no Paço Municipal, poderem me honrar com a presença de cada um e de cada uma na solenidade de posse dos novos Secretários. Gostaria de dizer que fui distinguido pelo convite, pela indicação do meu Partido, em primeiro lugar, e pelo convite do Prefeito ao mesmo tempo, para que pudesse substituir o Secretário Cristiano Tatsch, que foi alçado à condição de Secretário de Planejamento e Desenvolvimento Regional. E o Prefeito me convidou, então, para essa árdua tarefa no presente momento - o Ver. Cecchim bem conhece essa realidade -, de ficar à frente da Secretaria Municipal de Urbanismo. Eu encaro esse desafio e esse momento, especialmente, com um pouco de tristeza e um pouco de esperança. A minha tristeza, eu imagino, que a compartilhe com a mesma que o Pablo tem. Eu gostaria, como nós gostaríamos, e não temos o controle dessas coisas, infelizmente, de que o meu velho pudesse estar aqui comigo. Eu tenho certeza de que o Pablo deseja a mesma coisa, de que o nosso Deputado Mendes Ribeiro pudesse estar aqui para, mais uma vez, estar testemunhando esses momentos, porque eu acho que esse é o desejo, o sonho e a aspiração de um pai, desde o primeiro momento que nos recebe lá na maternidade, de nos ver nos encaminhando na vida, seguindo os nossos caminhos até o momento em que nós largamos a mão de nossos pais e caminhamos com os nossos próprios pés. É o que o pai, é o que a mãe de cada um de nós deseja. Eu disse isso, Pablo, porque é um momento de misto de alegria e de tristeza, porque vai ser mais uma vez, eu não vou ser Secretário pela primeira vez, mas na outra estava lá o meu velho comigo. E agora, infelizmente, a doença, Ver.ª Mônica, Ver. Villela, abateu-se sobre ele, e eu não consigo mais... Está de corpo ainda presente, mas infelizmente essa doença é perversa, o tal do Mal de Alzheimer, que nos rouba o espírito. Ele tem pequenos momentos de lucidez, mas foi um dos homens mais brilhantes, um dos advogados criminalistas mais brilhantes que eu pude conhecer; assim como o nosso Pablo tem a honra de suceder o seu pai, que foi Vereador desta Casa, que foi Secretário de Estado, foi Deputado Estadual, foi Deputado Federal e de quem eu tive a honra de ser candidato a Vice-Prefeito, compondo uma chapa com ele. Foi nosso Ministro da Agricultura, que tanto honrou aqui. Mas eu tenho certeza que nós temos essa consciência de missão conosco, com aqueles que nos ensinaram essas lições que são inestimáveis e consciência com a população de Porto Alegre que nos honrou com o mandato. Portanto, nós nunca afastamos a nossa consciência, Ver. Janta, exatamente desse compromisso. Podemos ter divergências aqui, e temos, Ver. Mauro Pinheiro – nós mesmos já tivemos –, mas as nossas divergências não afastam aquele ponto que nos une, que é a nossa vontade, às vezes por caminhos diferentes, de fazer o bem, de construir...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Presidente concede tempo para o término do pronunciamento.)

 

O SR. VALTER NAGELSTEIN: ...E é com esse sentimento que eu digo até logo, meus queridos companheiros. Desejo sucesso ao Pablo e a cada um dos senhores e das senhoras, pedindo a Deus, Elizandro, que eu possa ser iluminado nessa caminhada porque é árdua a tarefa. Eu sei que o Cristiano fez um grande esforço, eu sei que o Márcio fez um grande esforço, eu sei que o próprio Prefeito Fortunati, que foi Secretário, o Ricardo... A história é um encadeamento de fatos. Nós não chegamos hoje e ninguém é dono da história nem tem o monopólio da verdade. Só o que eu rogo, o que eu desejo, o que eu espero é que eu possa ter as luzes suficientes para tomar as decisões corretas no momento necessário e que possa encontrar nos meus ilustres Pares aqui o apoio que sempre tive para exatamente tomar essas decisões nos momentos em que elas têm que ser tomadas. Quero me colocar, Ver. Sgarbossa, independentemente de Governo, de oposição, à disposição de cada um, Sr. Presidente, para construir esse período na Secretaria, a bem de Porto Alegre. Eu sei que é uma Secretaria importante, que trata de temas importantíssimos, trata do futuro, do desenvolvimento, trata do presente, trata da realidade. E eu desejo, junto com cada um de vocês, ajudar a construir uma Cidade, cada vez mais sustentável, desenvolvida, harmônica, justa e fraterna.

Então fica esse agradecimento a cada um pela convivência, Presidente Garcia, e o desejo, de que ali na frente, logo mais, nós venhamos a nos reencontrar novamente aqui nos bancos sagrados desta Casa, que é a Casa do Povo, o Parlamento. Muito obrigado a cada um de vocês. Seja bem-vindo Deputado Pablo Mendes Ribeiro – Deputado, quem sabe eu estou certamente antevendo este futuro grandioso – seja muito bem-vindo. Muito obrigado a cada um e a cada uma. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, inicialmente quero, em nome da minha Bancada - do Ver. Guilherme Socias Villela, do nosso Líder Kevin Krieger, da Ver.ª Mônica Leal e em nome deste Vereador -, cumprimentar o Ver. Valter Nagelstein, por assumir a Secretaria de Urbanismo da nossa Cidade. Quero dizer ao Ver. Valter Nagelstein que ele está assumindo uma missão, uma grande oportunidade. Tenho certeza de que V. Exa. vai fazer uma grande gestão em prol do desenvolvimento da nossa Cidade, prestando elevado serviço à sociedade porto-alegrense. Cumprimentos e felicidades!

Há pouco, o Ver. Valter Nagelstein mesmo colocou uma publicação do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul, dizendo que, por interveniência do Tribunal, ele fez uma auditoria, que resultou em 14 determinações a serem cumpridas pela EPTC. Essa inspeção alcançou 12 volumes, agregando 3.809 folhas, sendo 642 delas de relatórios, esclarecimentos e decisão, atualmente acessíveis pela Lei de Acesso à Informação.

Nós tivemos aumento da tarifa a partir de ontem. Esse processo estará à disposição dos senhores, das senhoras e da população de Porto Alegre, na Comissão de Economia, Finanças, Orçamento e do Mercosul, a partir de amanhã, conforme determina a lei de transparência nesta Casa. Estará o processo à disposição de todos.

Há pouco, o Ver. Sgarbossa falou aqui que a Bancada do PT entrou com uma ação popular. Entrou com uma ação popular sem conhecer o processo que levou à determinação desse valor! Esse processo estará à disposição amanhã de manhã na Comissão que eu presido. Então, estará à disposição para se tirar cópias, acessar. Essa é uma transparência. Só que eu lamento terem se antecipado em fazer uma ação popular sem conhecimento dos detalhes. Isso é oportunismo político! Isso foi feito para aparecer na mídia. Isso é triste. Primeiro conheçam os detalhes, e aí argumentem! Agora fazer sem conhecer... Isso se chama demagogia.

A passagem é cara? Sim, sem dúvida é cara, mas lembro: estudantes pagam 50%; nós temos o dia da passagem livre; a Brigada Militar, sem farda, não paga passagem; os carteiros não pagam passagem; os oficiais de justiça; o Programa Vou à Escola; os deficientes e seus acompanhantes; os idosos carentes a partir de 60 anos; os idosos a partir de 65 anos, sem limite de idade.

Então existem muitos processos, sim, é um direito, mas, por favor, entrem em contato com a CEFOR, onde vai estar o processo à disposição.

Sr. Presidente, eu ouvi poucos e até raros protestos sobre o aumento da gasolina e do diesel. Poucos Vereadores vieram aqui protestar. Estou vendo poucos ou raros processos agora que a energia elétrica está aumentando, porque, de certo, sabem a que corresponderam esses aumentos...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Presidente concede tempo para o término do pronunciamento.)

 

O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: ...Sr. Presidente, concluo. Eu acho importante que a população acompanhe esses detalhes. Agora, também, se querem uma passagem mais em conta, desafio os Vereadores aqui a que façam um projeto acabando com todas as isenções, porque aí teremos uma passagem com custo real. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Apregoo Memorando nº 01/2015, de autoria do Ver. Valter Nagelstein, comunicando que, a partir desta data, estará licenciado das atividades de Vereador para exercer o cargo de Secretário Municipal de Urbanismo. A Mesa declara empossado o Suplente, Ver. Pablo Mendes Ribeiro Filho, que integrará a Comissão de Constituição e Justiça – CCJ. Seja bem-vindo.

Ver. Valter Nagelstein, boa sorte e bom trabalho frente à Secretaria. Tenho certeza de que esse é o desejo de todos os Vereadores desta Casa.

O Ver. Clàudio Janta está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. CLÀUDIO JANTA: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, eu queria que a TVCâmara focasse bem aqui esse meu carão. Eu queria informar o cerimonial da Prefeitura de Porto Alegre de que esta Casa não tem Sessão às terças-feiras à tarde; portanto a posse dos Srs. Secretários poderia ser feita, terça-feira, à tarde. Esta Casa também não tem Sessão segunda-feira de manhã, nem quarta-feira de manhã, nem quinta-feira de manhã, nem sexta-feira, então, poderia fazer a posse nesses dias. Entendeu? Então não venham atrapalhar o funcionamento desta Casa. A posse é justa, eu queria estar presente na posse do Ver. Valter Nagelstein, com o qual mantenho uma boa relação, mas a Prefeitura insiste em intervir nos trabalhos desta Casa, depois, no final do ano, vem aquele atropelo de projetos para votar.

Eu venho falar neste tempo de Liderança sobre o que saiu nos jornais do final de semana, novamente, Ver.ª Lourdes, um projeto falando do sacrifício de animais, um projeto circulando novamente na Assembleia Legislativa sobre o sacrifício de animais no Rio Grande do Sul. Eu estranho por que esse projeto não veio a esta Casa. Durante dois anos não apareceu um projeto nesta Casa para tratar sobre o sacrifício de animais em Porto Alegre. Um sacrifício, porque, para as pessoas que não sabem, se houver sofrimento para o animal, esse sacrifício é inválido. E todo animal que é sacrificado – galinha, cabrito, carneiro – é consumido; ele é sacrificado para alimentar as pessoas que estão numa grande festa, ele é para servir um grande ragu, ele é para servir de alimento para uma grande festa. Então, na verdade, esse animal é sacrificado como são sacrificadas as aves da Frangosul, da Sadia, da Perdigão; como são sacrificados o peru, o chester, o tender, que são comidos no Natal; como é sacrificado o porco que se come no Ano Novo; como são sacrificados os bois da Friboi, doador das campanhas. E ninguém fez projeto para proibir que matem os bois da Friboi! Agora, fazem projeto para proibir que as casas de religião sacrifiquem os animais que são comidos no final, no ragu! Mas vão participar de um tambor, vão lá ver o que se faz com o cabrito, com a galinha, com o galo! Bota-se tudo aquilo numa boa farofa e se come – é bom para caramba! Digo às pessoas que estão propondo esse projeto, que não propuseram nesta Casa como projeto de Governo, e agora vêm propor que o Rio Grande do Sul inteiro acabe com o sacrifício de animais, que não é sacrifício, uma vez que acontece desde que o mundo é mundo! “Cordeiro de Deus, tirais o pecado do mundo” - era o sacrifício do cordeiro, que os cristãos e judeus já faziam. Todos fazem as suas oferendas, na forma do cordeiro, da galinha, do cabrito ou do dinheiro. Todos! Ou, daqui a pouco, na forma do caldo Maggi. Agora nós temos que fazer lei: se não pode matar a galinha, o galo, o cordeiro, o cabrito, não pode matar mais nada e vamos todos virar vegetarianos; ou vamos trazer para cá as grandes guerras religiosas que vemos no mundo. Está no art. 5º da Constituição Federal, inc. VI (Lê.): “É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias”. E, conforme o art. 208 do Código Penal, é crime contra o sentimento religioso. Não vamos trazer para cá as grandes guerras que existem no mundo, não vamos trazer para cá o que tem abalado países: as guerras religiosas. Este é um País laico, em que todos – cristãos, católicos, umbandistas, candomblecistas, ateus, judeus, palestinos – convivem bem. Então não vamos vir aqui falar que matar uma galinha ou um cabrito em um ritual, para ser comido com muita farofa e com muita uva passa – não é, Ver. Kevin Krieger –, é um ritual que maltrata o animal. O que maltrata o animal é o que é feito nos frigoríficos. Vá visitar um e depois venha me dizer quem sofre mais: um animal usado para uma festa, ou um animal que fica 20 dias confinado, tomando injeção de hormônio, comendo para ser sacrificado e colocado para venda a preço de ouro, financiando campanhas bilionárias, como se viu nas prestações de contas nessas eleições. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. IDENIR CECCHIM (Requerimento): Sr. Presidente, solicito verificação de quórum.

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Solicito abertura do painel eletrônico para verificação de quórum, solicitada pelo Ver. Idenir Cecchim. (Pausa.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro – às 15h37min): Havendo quórum, passamos à

 

ORDEM DO DIA

 

REQUERIMENTO - VOTAÇÃO

 

(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

REQ. Nº 008/15 – (Proc. nº 0311/15 – Ver. Elizandro Sabino) – requer seja o período de Comunicações do dia 28 de maio destinado a assinalar o transcurso da Semana Municipal de Incentivo à Adoção de Crianças e Adolescentes.

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação o Requerimento nº 008/15, de autoria do Ver. Elizandro Sabino. (Pausa.) O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento nº 008/15.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Eu encaminho a votação, Sr. Presidente, evidentemente, favorável a este Requerimento, também ao PLE nº 033/14, que desafeta área de uso comum do povo, em área lindeira ao Hospital Nossa Senhora da Conceição, situada no bairro Cristo Redentor, autoriza a dação em pagamento do imóvel e revoga a Lei nº 5.655, de 25 de outubro de 1985.

 

(Aparte antirregimental do Ver. Clàudio Janta.)

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Eu sei o que eu estou fazendo, Ver. Janta! Eu estou dizendo que também votarei a favor desse projeto. Eu vou dizer que votarei a favor de todos os projetos que estão aqui. Então, o senhor não tem mais a possibilidade de dizer que estamos fugindo da responsabilidade! Eu não fujo da responsabilidade! Eu dei parecer favorável. Agora, se não tivermos quórum para aprovar, eu não tenho culpa. Eu, aqui, voto a favor desse, do próximo e de todos os processos que aqui estão. Não há nada que justifique que eu tenha posição contrária. Somente tenho a necessidade de vir à tribuna para deixar claro isso! Eu também vou assistir – por que não? – à posse dos Secretários do Município, dentre as quais a do Ver. Valter Nagelstein, que é meu amigo e meu colega! Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Clàudio Janta, o Requerimento nº 008/15. (Pausa.) APROVADO por 21 votos SIM.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 2204/14 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 033/14, que desafeta área de uso comum do povo, em área lindeira ao Hospital Nossa Senhora da Conceição, situada no Bairro Cristo Redentor, autoriza a dação em pagamento do imóvel e revoga a Lei nº 5.655, de 25 de outubro de 1985. Com Emenda nº 01.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Reginaldo Pujol: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto e da Emenda nº 01;

- da CEFOR. Relator Ver. Idenir Cecchim: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art. 82, § 1º, VIII, da LOM;

- incluído na Ordem do Dia em 15-12-14 por força do art. 81 da LOM.

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em discussão o PLE nº 033/14. (Pausa.) O Ver. Rodrigo Maroni está com a palavra para discutir o PLE nº 033/14.

 

O SR. RODRIGO MARONI: Boa tarde, Presidente Mauro. Boa tarde, colegas aqui da Câmara, povo que assiste à Sessão no próprio Plenário e pela TVCâmara. Há vezes que dá gosto fazer política, Ver. Nedel. Na maior parte das vezes, a gente fica até constrangido com determinados assuntos que são tratados na política, com tudo que a gente vê e acompanha; mas há vezes que dá gosto, faz se justificar a nossa estada aqui como Vereador e na política, em geral.

Eu queria fazer uma saudação muito especial ao Ver. Mario Fraga, por sua emenda, e também uma saudação especial ao Prefeito, que está fazendo essa cedência para um tema tão relevante, que é a questão oncológica. Eu acho que todo mundo aqui tem um conhecido, um familiar, um parente, um amigo com esse problema. E hoje, antes de vir para o Plenário, Mônica, eu falava sobre isso com um moço que, inclusive, era da Bancada do PFL aqui na Câmara, há alguns anos. Ele perdeu a sua esposa, tendo ficado com ela até o final. Eu conversava com o Cecchim, que agora está ao telefone, até queria comentar sobre isto. Entre outros, lembro o próprio Bernardino, que já passou por isso. Enquanto seres humanos, não há nada mais difícil do que passar por isso; talvez a velhice. Hoje, eu estive num asilo, e eu via a dificuldade de muitos idosos – com as mais diversas doenças, muitos com Alzheimer, muitos com falta de consciência de tudo –, mas que ali estão sobrevivendo. E o câncer, hoje, seguramente está entre as doenças que mais mata.

Eu quero fazer um convite a ti, Mônica, e a todos os colegas – ao Professor Alex, ao Mario Manfro, ao Dinho, ao Paulinho –, para que compareçam neste Plenário, amanhã, às 19h, porque estaremos homenageando o Dr. Samuel Dalle Laste com o título de Cidadão de Porto Alegre. Convido também a Jussara, o Presidente Mauro, o Thiago – não tem como tu não estares aqui amanhã, não é, Thiago? Tu sabes que o Samuel é teu eleitor. Também convido o Márcio Bins Ely – tu vais estar aqui também? Eu resolvi dar a ele o título de Cidadão Emérito justamente por esse projeto que o Prefeito apresenta hoje. Eu tenho muito orgulho de estar aqui fazendo essa homenagem, na verdade, depositando toda a esperança nessa iniciativa que o Prefeito está tendo, de dar esse espaço, essa área para essa doença, que é tão complicada de ser enfrentada e que hoje afeta a grande maioria da população. O Samuel, que virá aqui amanhã - Ver. Thiago, tu sabes bem -, ele trabalha com medicina preventiva, e o câncer, hoje, está junto com o infarto, entre as doenças que mais matam no Brasil; 90% dos brasileiros morrem de câncer ou de infarto.

Isso é gerado por toda uma cultura que se tem de má alimentação; de má qualidade de vida; de má orientação, muitas vezes da família; do fumo, do álcool, do estresse, mas, fundamentalmente, da alimentação. E, quando nós vemos um espaço – eu espero que esse espaço aqui, inclusive eu quero visitar – que vai ser referência para esse tema que é a oncologia, nos dá orgulho de fazer política e de apoiar, de incentivar. Parabéns ao Mario Fraga, Vereador que eu espero que esteja de volta aqui, vai estar Bins Ely? Espero que esteja de volta logo, para trazer projetos bons assim. Parabéns ao Prefeito Fortunati, por ter tido essa iniciativa de doar esse espaço e de incentivar esse espaço oncológico, porque a causa do câncer, tanto infantil quanto adulta, sempre vai ser uma prioridade, e é um tema que temos de tratar com todo carinho, como se fosse algo que atingisse a nós mesmos, à mãe ou ao pai. Sem dúvida nenhuma, é um tema que tem de ser prioridade para todos nós, colegas. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Dr. Thiago está com a palavra para discutir o PLE nº 033/14.

 

O SR. DR. THIAGO: Caro Presidente, caros colegas Vereadoras e Vereadores, venho aqui - Ver. Janta, veja, eu venho aqui, a esta Tribuna – saudar a iniciativa do Prefeito José Fortunati em desafetar essa área para que seja construído, lá no Grupo Hospitalar Conceição - GHC, Ver. Bernardino, um centro de oncologia e de radioterapia. Quero dizer que esse projeto - e a Ver.ª Jussara já nominava que foi um projeto construído há mais tempo pelo GHC -, no ano de 2013, quando eu fui Presidente, Ver. Bernardino, e Vossa Excelência foi Vice-Presidente, nós fomos convidados para uma reunião, lá próximo ao GHC, para tratar especificamente disso. E, naquela oportunidade, foi apresentado o Centro de Oncologia, pelo Dr. Marcelo Capra – meu colega de turma, excelente oncologista do Grupo Hospitalar Conceição –, e a comunidade ansiosamente já esperava por essa desafetação e por esse projeto. Assim como a comunidade de Porto Alegre já esperava ansiosamente pela reforma do Hospital de Clínicas, que está ocorrendo, que está gastando menos recursos, Ver. Bernardino Vendruscolo, porque o recurso está sendo bem utilizado, e vai demorar menos tempo do que o previsto, apesar de alguns gestores falarem contra o Hospital de Clínicas, contra o modelo do Hospital de Clínicas, que dá certo, Ver. Mario Manfro! Um modelo que dá certo!

Então, quero dizer que me posiciono favoravelmente a este projeto e quero trazer aqui à reflexão dos Vereadores um outro projeto nosso que tem relação com isso, no sentido de que os pacientes que têm problema oncológico, que têm possibilidade de perda de membro, sentido ou função, tenham a possibilidade de marcar diretamente – Ver. Mario Manfro – a sua consulta no hospital; e não ficar espertando que a “Central de Desmarcação” de consultas marque o seu procedimento no hospital. Ele deve ter o direito de poder marcar diretamente. Porque 80% dos cânceres proctológicos – foi dito aqui no ano passado pela Presidente da Associação Gaúcha de Coloproctologia – ou de intestino têm o seu diagnóstico tardio; chegam ao hospital de forma inoperável! São inoperáveis porque o seu diagnóstico foi feito tardiamente.

E o Ver. Bernardino Vendruscolo vai expor bem essa matéria durante o ano. Não vou ser só eu, outros Vereadores, o Ver. Maroni também vai expor bem essa matéria. Então, nós temos que fazer com que esses pacientes possam ter o direito de marcar diretamente no hospital, porque o tão propalado sistema de informatização não funciona. Essa é a verdade! A população da Cidade sabe disso.

Então, eu quero, em alto e bom som, dizer que sou favorável e quero, mais uma vez, renovadamente, manifestar minha posição de que nós precisamos de tecnologia cada vez mais avançada para tratar dos nossos pacientes e, sem dúvida alguma, de um centro de oncologia, descentralizado, no Grupo Hospitalar Conceição, que tenha essa expertise, para ajudar muitas pessoas e fazer diferente do que tem sido feito em Porto Alegre. Em Porto Alegre temos tornado doenças curáveis em incuráveis pela dificuldade de acesso ao sistema público de saúde; dificuldade de acesso ao SUS, e este é o princípio fundamental, senhores, o acesso. A acessibilidade é o principal princípio do SUS, e nesse princípio, sem dúvida alguma, temos tido grande dificuldade no Município de Porto Alegre. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para discutir o PLE nº 033/14.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, quero dizer que ficamos muito felizes em ter encontrado uma solução. É uma luta antiga, a Ver.ª Jussara Cony recupera o histórico, uma solução que nós sabemos que está suprimindo uma pracinha, mas nós entendemos como grande prioridade um hospital oncológico naquele complexo do Hospital Conceição, que já é para a cidade de Porto Alegre algo de valor inestimável. Portanto, vamos votar a favor. O que nós precisamos refletir da tribuna, quando de um lado o Governo Federal investe muitos recursos na saúde, nos hospitais e no Hospital de Clínicas, todos estamos vendo a obra em andamento, uma obra que vai aumentar em grande volume a capacidade do Hospital de Clínicas, de atendimento, hospital/dia, emergências, cirurgias, e assim no Estado do Rio Grande do Sul e no País. Ao lado disso, nós temos o lamentável fato de que o Secretário de Saúde de Porto Alegre está saindo não pelas críticas e pressões, insatisfações e denúncias dos funcionários públicos municipais que tinham muitos problemas com a gestão do Secretário Casartelli, mas está saindo porque denunciou que o Prefeito de Porto Alegre retirou do Fundo de Saúde quase R$ 200 milhões para o caixa único, para fazer superávit primário, Vereador, fechando as contas da Prefeitura no final do ano passado.

Eu não acho que a Prefeitura não deva buscar recursos, encontrar formas de fechar o ano, sair do vermelho, porque nós sabíamos que essa era a situação grave da Prefeitura já há dois anos, mas essa é uma maquiagem, só que é produzida em cima de retirada de recursos da Atenção Básica em Saúde, em Porto Alegre, quando é dramática a situação com denúncias de falta de equipamentos, falta de insumos para a atuação dos nossos colegas funcionários da área da saúde – é gravíssimo! E é estranho que o Secretário de Saúde tenha que chegar a ponto de fazer uma denúncia pública do seu próprio Prefeito. Secretário esse que, muitas vezes, estranhamente, foi sustentado por esse Prefeito, porque nós, muitas vezes, achamos que ele sairia, o Secretário Casartelli. Eu não faço aqui julgamento público, acho que há situações de toda a ordem a serem elucidadas, mas, estranhamente, era muito sustentado por esse Governo. O Secretário veio a público dizer que não dava mais, que a Prefeitura estava correndo um risco, incorrendo num crime, porque é crime retirar recursos do Fundo a Fundo, que são recursos vinculados. Nós esperamos que o Tribunal de Contas e o Ministério Público investiguem essas denúncias publicizadas pelo Secretário de Saúde, que foi imediatamente demitido pelo Prefeito Municipal.

Por fim, quero fazer uma reflexão, Ver. Dr. Thiago Duarte, que aqui se manifestava, uma defesa de algo com o qual eu concordo. Nós temos muitas divergências, Dr. Thiago Duarte, eu sei, mas nós sabemos que o não funcionamento do atendimento lá na ponta, do atendimento preventivo faz com que muitas pessoas descubram o câncer já em situação muito avançada. Isso é grave, isso é dramático no nosso País! Para evitar isso não é necessário só investimento em hospitais – como a Presidenta Dilma está fazendo –, em alta complexidade, uma das medidas é o Programa Mais Médicos, e o Vereador que esbraveja aqui na tribuna é contrário ao Programa. Eu quero lembrar que o Mais Médicos colocou médicos onde não tinha o atendimento continuado, o médico da família, o médico que vai na casa, que vai acompanhar, que vai educar para a prevenção. Houve três edições do programa Mais Médicos o ano passado. Três vezes foram chamados, primeiro, os brasileiros; e três vezes os brasileiros boicotaram. Hoje eu digo por que boicotaram: boicotaram coordenados pelo Simers, coordenados pela classe médica e seus sindicatos. Neste ano, foram abertas quatro mil vagas, Ver. Janta, e teve 12 mil brasileiros que se inscreveram no programa Mais Médicos. Como apareceram, agora, interessados no Mais Médicos? Porque é um programa que se mostrou eficaz, que se mostrou importante, estratégico e necessário. Gostaria, Ver. Dr. Thiago, fraternalmente, que V. Exa. revisasse sua posição em relação ao Mais Médicos.

 

O Sr. Dr. Thiago: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Obrigado, Ver.ª Sofia, pelo aparte, mas quero dizer que, com muita honra, sou contrário ao programa eleitoreiro chamado Mais Médicos, programa esse que colocou – e coloca – a população em risco, porque esses profissionais não revalidaram o diploma. Ponto um. Ponto dois: foi dito, inicialmente, que se iriam colocar médicos nos confins do Brasil, e colocaram-se médicos onde tem a maior parte da população, tanto que o Estado que mais recebeu médicos foi o Estado de São Paulo, porque lá tem mais voto. Essa é a grande verdade, e a população de Porto Alegre e do Brasil sabe disso.

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): A Ver.ª Sofia Cavedon prossegue a sua manifestação de discussão do PLE nº 033/14, a partir deste momento, por cedência de tempo do Ver. Marcelo Sgarbossa.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Agradeço muito ao meu Líder. Esse tema do Mais Médicos merece uma reflexão e uma relação com ele um pouquinho mais séria do que a que faz o Simers, porque exatamente esse discurso eu ouvi, Dr. Thiago, na rádio, repetido infinitamente pelo poderio econômico dos médicos, dizendo que o Mais Médicos, que está salvando vidas, amontoou médicos onde tem eleitores e não pacientes.

Por favor, nos respeitem, porque o Prefeito de Porto Alegre, que não é do meu Partido – nós somos da oposição –, solicitou o Mais Médicos para Porto Alegre, para a Região Metropolitana. Não é só para os confins da Terra que vai o Mais Médicos! É para onde tem pessoas, seres humanos com câncer, com mil e um problemas e que não têm atendimento. Nós temos, Ver. Dr. Thiago – o senhor sabe bem, o senhor é médico da Prefeitura e continua na ativa –, muitos postos de saúde que só conseguiram médicos através do Mais Médicos, e em Porto Alegre, Capital do Rio Grande do Sul. Eu imagino que, em São Paulo, o Prefeito de São Paulo, o Governador de São Paulo, eles, então, são os eleitoreiros, porque desesperadamente tentavam colocar médicos nos postos e não conseguiam! Então, se há uma concentração de médicos em São Paulo, é porque há demanda, porque há desespero, porque há necessidade. Vamos ser mais sérios, vamos ser muito mais sérios! Aliás, uma propaganda dessa desonra a inteligência do brasileiro. Uma propaganda no rádio, paga pelo Simers, dizendo que os médicos vão para onde tem eleitores, e não para onde tem pessoas precisando de saúde! Por favor! É como se não tivesse necessidade, como se não fosse verdade o que o senhor disse aqui na tribuna, que as pessoas estão morrendo de câncer, porque elas não têm esse atendimento continuado, primário, preventivo. As mulheres morrem de câncer, porque não têm preventivo.

O segundo tema: o Mais Médicos passou pelo Congresso Nacional. Foi uma lei discutida no Congresso, houve mediações, foi ali firmado “formação”. Nenhum médico que vier do estrangeiro assumirá se os brasileiros assumirem as vagas... Este ano, não vai precisar contratar nenhum cubano, nenhum mexicano, nenhum venezuelano, Ver.ª Jussara Cony, porque este ano os brasileiros se apresentaram! Então, não precisa chamar no Exterior, se apresentaram, não vai ter vaga para todos! Os estrangeiros – isso é lei construída no Congresso – não terão revalidação de diploma porque não vão atuar fora do emprego do Mais Médicos. Isso foi reivindicação da classe e foi construído no Congresso, colocado na legislação, assim como curso de formação, de atualização, de adaptação à realidade brasileira. Aqui na UFRGS, a ciência médica faz cursos para os médicos que assumiram o programa Mais Médicos. Eles passam por cursos, eles passam por acompanhamento e eles suprem só, única e exclusivamente, os lugares onde não existem médicos brasileiros interessados.

Então eu quero, baixando o tom, que a gente respeite um pouco mais uma política que não é eleitoreira, que respondeu à demanda que estava nas ruas, na massa que estava nas ruas o ano passado! Diziam, eu me lembro desse cartaz: “Se seu filho ficar doente, leve a um estádio de futebol”. Era isso que dizia, era uma crítica aos governos, aos governantes, pedindo médico, Ver. Dr. Thiago! Aquela massa estava na rua e pôs a saúde na pauta. A pauta das mobilizações do ano passado iniciou e se fortaleceu com o preço da passagem de ônibus, e foram para as ruas com a pauta da saúde. Não vamos esquecer que foi a população que pediu. Atender à população é eleitoreiro? Bom, é eleitoreiro... Eu acho que nós temos que atender à população.

Então, é um programa corajoso, audacioso e que agora vai ter a versão Mais Especialidades. Eu acho que os médicos brasileiros especialistas vão querer trabalhar para a população brasileira, e eu ficarei muito contente com isso. Tanto foi, que a pauta da saúde veio para as ruas, que foram votados os royalties do petróleo para a educação e 25% foram reservados à saúde. Então, bem-vindo o Mais Médicos, fortalecimento ao GHC!

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Apregoo Requerimento, de autoria da Ver.ª Séfora Gomes Mota, que solicita autorização para representar esta Casa no Seminário Nacional Habitat III Participa Brasil, na cidade de Brasília, no período de 23 a 25 de fevereiro de 2015, com custeio de viagem.

A Ver.ª Jussara Cony está com a palavra para discutir o PLE nº 033/14.

 

A SRA. JUSSARA CONY: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores; Ver.ª Sofia, antes de mais nada, quero me dirigir a V. Exa. e dizer que a conquista dos médicos brasileiros para vir atender desde a Atenção Básica e, principalmente, na Atenção Básica, de buscar formação mais qualificada para isso é parte, também, do programa Mais Médicos e da conquista de um Governo que implanta o Sistema Único de Saúde. Com dificuldades ainda? Sim, mas que está dando passos enormes e avançando. Eu acho que o que nós estamos discutindo hoje aqui é um desses passos.

Eu quero iniciar dizendo da importância deste projeto, de o Executivo Municipal entender o significado de desafetar essa área lindeira ao Hospital Nossa Senhora da Conceição para a magnitude do que lá vai ser construído. E quero dizer que me orgulho muito porque foi, exatamente, quando fui Superintendente do Grupo Hospitalar Conceição, juntamente com o Dr. Gilberto Barichello, o Dr. Neio Lúcio, o Dr. Ivo Leuck, o Dr. Paulo Ricardo Bobeck, o Dr. Britto e o Dr. Marcelo Capra. Nós – e mais todas as equipes – fizemos um estudo epidemiológico, eu estou citando aqui aqueles que estavam em diretorias estratégicas, inclusive, eram meus diretores clínico e administrativo. Nós fizemos um levantamento epidemiológico e vimos que o que mais cresceria, ao lado do envelhecimento da população, seria a incidência de câncer no Estado do Rio Grande do Sul. Nós somos o Estado com maior incidência de câncer do Brasil! E não é só na população idosa, hoje há uma grande incidência de leucemia na população jovem e nas crianças.

Com essa desafetação, ali nós vamos ter a possibilidade de trabalhar questões fundamentais para as quais estamos recebendo recursos, inclusive, do Ministério da Saúde. Essa área ambulatorial, o centro de oncologia, nós vamos ter químio e radioterapia. O Conceição não tinha ainda quimioterapia, a oferta vai aumentar em consonância com a demanda no Estado do Rio Grande do Sul. Nós vamos também assim humanizar mais ainda o Grupo Hospitalar Conceição, que é uma referência nacional, desde a Atenção Primária até a alta complexidade, com várias especialidades.

Os Diretores do Grupo Hospitalar Conceição estão me mandando agora algumas informações. Eu já disse que os casos de câncer crescem a cada ano; a cada ano, em média, são diagnosticados 51 mil novos casos de câncer no Rio Grande do Sul. O Estado é o quarto colocado em número de casos dessa doença. Só no Grupo Hospitalar Conceição são diagnosticados, aproximadamente, cinco mil novos casos em média. São realizadas 27 mil consultas por ano e 52 mil sessões de quimioterapia nas unidades do Grupo Hospitalar Conceição. Mais é mama, pele, pulmão, próstata, colo de útero e outros. Segundo o diagnóstico que se fez nesse estudo epidemiológico, cresceriam ainda mais os casos de próstata, mama e câncer de pele.

Eu acho que é importante o GHC ter esse centro de oncologia com a possibilidade de um cuidado integral humanizado, pelo que esse centro será responsável, porque não é só quimioterapia, não é só a cirurgia, não é só a radioterapia, não é só a manutenção dessas pessoas na UTI. É esse atendimento integral e humanizado dos pacientes com câncer; a média de atendimento eu já falei, são 27 mil consultas por mês, e os serviços ofertados são, agora com essa possibilidade, oncologia clínica, oncologia cirúrgica, centro da dor e cuidados paliativos. Essa foi uma das questões do projeto que discutimos muito com o superintendente, porque a dor e os cuidados paliativos têm que ser levados em conta não só em relação ao paciente, mas esse centro também vai ser uma referência para os familiares dos pacientes, para o paciente não ter que fazer uma químio hoje, voltar para a sua cidade e vir dois ou três dias depois. Além da radio e da químio, esse centro de cuidados paliativos e da dor vai humanizar o atendimento, porque nós, profissionais da saúde, temos que pensar na saúde da porta de entrada até a passagem dessa pessoa com dignidade. Eu trabalhei em um centro de recuperação seis anos a partir da inauguração do Hospital Ernesto Dornelles, e a gente sabe o que é a dignidade...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): A Ver. Jussara Cony prossegue a sua manifestação de discussão do PLE nº 033/14, por cedência de tempo do Ver. Márcio Bins Ely.

 

A SRA. JUSSARA CONY: Eu agradeço ao Ver. Márcio Bins, porque V. Exa., que é da base de Governo, dá um tempo para a oposição, que está aqui a dizer o significado do Governo Municipal em desafetar essa área. Agradeço mesmo, porque é dessa maneira que damos exemplo, nesta Casa, do significado do cuidar da vida das pessoas, das responsabilidades que temos, governos em todos os níveis, tanto que eu sempre trago aqui – há pouco a Sofia Cavedon fez isso – o significado do Governo Federal nessa área de Saúde.

O GHC é do Ministério da Saúde e é uma referência no Brasil inteiro, desde a atenção básica até a alta complexidade. Eu dizia aqui que é importante que todos nós tenhamos, e a população, os serviços oferecidos por esse futuro centro de oncologia – por isso que é importante que esta Câmara aprove por unanimidade.

Esse é o Sistema Único de Saúde, isso é o atendimento humanizado, essa é a porta de entrada; essa é a cura, muitas vezes, do câncer no atual estágio da tecnologia, do desenvolvimento da ciência que nós temos no nosso País.

Nós vamos ter a oncologia clínica, a oncologia cirúrgica, o centro da dor e cuidados paliativos, a que me referi muito, a quimioterapia, a radioterapia, que vão permitir complementar o atendimento do Grupo Hospitalar Conceição na área da oncologia, e que nós não podíamos complementar anteriormente.

E as melhorias previstas são a inclusão da radioterapia, a ampliação do número de atendimentos, a ampliação do espaço físico, mais conforto aos pacientes e seus familiares, ampliação do cuidado integral ao paciente por meio de serviços. Aqui, entra, também, o cuidado para além daquela questão da dor e do câncer, que são os serviços de psicologia, serviço social e serviço de fisioterapia.

Neste ano, junto com a Prefeitura Municipal, com o Deputado Beto Albuquerque, que tem o projeto nacional, esta Casa aprovou o projeto municipal da Semana Municipal de Doação de Medula Óssea. Todos os senhores sabem que essa lei tem o nome de Matheus, do meu neto, que foi atendido no Grupo Hospitalar Conceição, assim como milhares de pacientes, e que faleceu, há três anos, de uma leucemia.

Eu trago a figura do Matheus Cony aqui, porque ele foi um guerreiro, como guerreiras são todas aquelas pessoas que têm um câncer, que têm histórico de câncer familiar. Eu fui cuidadora da minha avó, do meu pai, da minha tia, do meu neto, então o câncer é uma doença que precisa de serviços, não só especializados, sob a ótica da tecnologia pura, da ciência e tecnologia; ele precisa de serviços humanizados, porque, quando baixa a imunidade, as pessoas estão sujeitas às mais variadas dores, aos mais variados procedimentos, em função, exatamente, do que surge no organismo daquela pessoa pela baixa imunidade.

Imaginem no Grupo Hospitalar Conceição um centro de oncologia, pensando na perspectiva da dor, pensando na perspectiva – eu, que sou espiritualista – de uma passagem digna, porque, afinal, o nascimento e a morte são passagens de um espírito em evolução, então nós temos que dar dignidade. E é isso o que o GHC vai fazer com esse centro de oncologia.

Então, esta Casa vai aprovar por unanimidade, eu tenho certeza, a desafetação dessa área. A atitude do Márcio Bins Ely mostra isso, um Vereador de situação passando para uma Vereadora de oposição, para podermos discorrer mais sobre um assunto que interessa a toda a população de Porto Alegre.

Obrigada, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, e vamos à aprovação da desafetação dessa área, que vai servir ao povo de Porto Alegre, ao povo do Rio Grande do Sul e ao povo do Brasil, porque o GHC recebe a todos. Obrigada.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Delegado Cleiton está com a palavra para discutir o PLE nº 033/14.

 

O SR. DELEGADO CLEITON: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, a minha subida aqui na tribuna é para reforçar o que os colegas até então estão falando, sobre esse projeto advindo do Poder Executivo que desafeta uma área ao lado do Hospital Conceição. O Ver. Dr. Thiago fez uma referência ao Ver. Janta dizendo que, com esse projeto, ele votaria um projeto do Fortunati. Eu acho que nós não devemos pessoalizar algumas situações, isso é um projeto de gestão de governo. Este é um projeto de um mandato que obteve 65% dos votos nas urnas. Então é muito importante dizer que um governo está investindo em alguns atos na saúde de Porto Alegre, assim como em outras situações que nós estamos sendo pioneiros, como a licitação dos ônibus em Porto Alegre.

Eu uso muito um termo, e alguns dos senhores vão dizer: “Quem sabe procura no Google ou no dicionário o que significa a palavra eleitoreiro”. Se eleitoreiro é buscar o sentimento de priorizar algumas situações que são pedidos de um povo, eu acho que todos nós aqui somos eleitoreiros – eu, pelo menos, sou eleitoreiro então, porque eu busco o melhor, tento buscar o melhor através dos meus projetos, o melhor para a cidade de Porto Alegre. Quero dizer, senhores, que o bairro Ponta Grossa, que o Ver. Dr. Thiago tão bem conhece, recebeu um médico venezuelano. O povo estava encantado e, inclusive, procurando um espaço para que o médico continuasse naquele bairro.

A cidade de Encruzilhada do Sul, próxima daqui, a 170 quilômetros, que tinha uma dificuldade – e é um Governo do PTD –, recebeu um médico cubano, que está fazendo verdadeiros milagres, andando nas periferias, nos bairros e fazendo um bom trabalho na situação de saúde. Se eleitoreiro significa – eu não fui e nem vou procurar no Google – tentar buscar situações que venham atender as necessidades de uma comunidade, eu sou eleitoreiro; e tenho certeza de que o senhor, quando atende nos bairros da Zona Sul, tentando ajudar a comunidade, também é, creio, eleitoreiro.

Para terminar, senhores, que bom que o Governo Fortunati investe em saúde, até porque, senhores, o Governo passado, do Sr. Tarso, ficou devendo R$ 50 milhões de repasses à saúde de Porto Alegre! E o Governo que já assumiu disse que não vai repassar o retroativo, porque, se os hospitais se mantiveram com uma verba que não foi repassada, é porque dava para se manterem. Então é muito bom. Pimenta nos olhos dos outros, muitas vezes, é colírio. Se tivessem repassado os R$ 50 milhões que ficaram devendo à saúde de Porto Alegre, com certeza, senhores, o Governo Tarso teria contribuído – e muito! – pela gestão da saúde de Porto Alegre. Obrigado, senhores.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Dr. Thiago está com a palavra para discutir o PLE nº 033/14, por cedência de tempo do Ver. Paulo Brum.

 

O SR. DR. THIAGO: Ilustre Presidente, eu quero, mais uma vez, recuperar as palavras que eu disse aqui inicialmente. Não sei se o Ver. Delegado Cleiton me entendeu errado, mas isso tem acontecido periodicamente com a manifestação deste Vereador nesta tribuna, às vezes com declarações públicas de membros do partido. Então eu quero deixar bem claro que eu vim aqui para dar os parabéns ao Prefeito por ter encaminhado este projeto a este Legislativo - acho que isso é soberano, democrático, republicano, como dizem alguns Vereadores. Deveria ter feito a mesma coisa na questão do Hospital de Clínicas, mas não fez; ou foi a Secretaria Municipal de Saúde que não fez, não sei - sei que não foi feito. Mas quero ressaltar mais uma vez, Ver. Márcio Bins Ely, V. Exa. que é o Líder da Bancada, que essas manifestações, até com certo desagravo, têm sido reiteradas aos posicionamentos deste Vereador.

Quero deixar bem claro que o termo eleitoreiro não foi bem colocado. Acho que o termo correto é estelionato mesmo! Estelionato eleitoral é o termo correto! Quero dizer à Ver.ª Sofia que acho que a farsa está acabando! Está faltando luz, água! E assim são os programas na área da saúde. Diferente do que corretamente está sendo encaminhado agora - por isso faço o paralelo com a questão do Grupo Hospitalar Conceição, Verª. Jussara Cony -, este projeto está sendo corretamente encaminhado, valorizando profissionais de carreira que labutam no GHC, fazendo com que o hospital tenha um crescimento e possa atender melhor e mais a população de Porto Alegre e do Rio Grande. Não é assim com o programa Mais Médicos! A Ver.ª Sofia, que defende tanto a regulamentação profissional, vem aqui contra a de uma categoria, só porque não é a dela! Acho que precisamos ir com muita calma. E, realmente, o que nós temos escutado de relatos dos casos graves, são diferentes desse relato que o Ver. Delegado Cleiton trouxe aqui. São diferentes: são pacientes que têm seus diagnósticos errados; são pacientes que têm seus diagnósticos equivocados, e que, tardiamente, são identificados como tal. Se esses profissionais são tão bons e estão passando nos cursos que a Universidade Federal faz, Ver.ª Sofia, por que eles fazem o Revalida? Eu acho que para a saúde não precisava do dinheiro do Pré-Sal, Ver. Bernardino! Só precisava do dinheiro da Petrobras! Dinheiro que foi roubado da Petrobras! Com o dinheiro da Petrobras nós ajeitávamos a saúde deste País, sim!

Então, eu acho que tem que ser com muita calma, neste sentido. Eu convido os Vereadores para que olhem o meu Facebook e olhem as redes sociais, e vejam o depoimento do médico cubano, no nosso Congresso Nacional. Sem falar que muitos desses profissionais são tidos e havidos aqui como verdadeiros escravos, porque não recebem a bolsa toda que o Ministério deveria dar - não recebem! Recebem pequena parte disso. Por isso que se nós tivéssemos um plano de carreira nacional sério, isso, sim, resolveria a questão da saúde no País, e não esses arremedos que querem fazer por aí, culpando uma categoria profissional que há muito tempo é culpada pelo problema da saúde. O médico hoje trabalha em dois ou três lugares, ganhando R$ 2 mil em cada um, e muitas vezes se arriscando, profissionalmente e fisicamente.

 

A Sra. Sofia Cavedon: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Respeito muito todas as pautas das categorias e as reivindicações dos médicos - sei de várias e importantes, principalmente em relação às condições de trabalho, de segurança, etc. Eu queria registrar que em relação a minha categoria profissional, de Educação Física, eu sou contrária ao Sistema Confef/CREFs, que é um sistema de regulamentação que só penaliza os trabalhadores. Nós consideramos que a formação de professores já nos habilita para atuar na área de Educação Física. Muito obrigada.

 

O SR. DR. THIAGO: Sou solidário, Ver.ª Sofia, com esta questão e quero dizer, sim, que o problema da saúde, no Brasil e em Porto Alegre, não é dos profissionais que trabalham na saúde; o problema é a corrupção e a gestão.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra para discutir o PLE nº 033/14.

 

O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Sr. Presidente, Ver. Mauro Pinheiro; Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, às vezes somos cobrados na rua porque falamos ou porque não nos pronunciamos sobre determinado tema. Antes gostaria de aproveitar a oportunidade para - agradecendo ao Presidente Mauro Pinheiro – dizer que já está confirmado, na próxima quinta-feira, dia 26 de fevereiro, o comparecimento do médico, Dr. Jeferson Oliveira, que irá nos falar sobre o tratamento dos diversos tipos de melanomas. Nós vamos ter aqui, com certeza, momentos importantes para esclarecer, não só a nós, Vereadores, mas a população de um modo geral, porque esse é um jovem, dá para se dizer, um cientista, um médico que domina o assunto, uma das autoridades aqui do Rio Grande do Sul, Dr. Jeferson Oliveira, que vai nos trazer informações importantes quanto à prevenção e ao tratamento dos melanomas. Então, quero convidar a todos os Vereadores para que possamos aproveitar esse momento.

Há pouco, prezado Vereador, estava conversando com o Diretor Luiz Afonso, porque nós estamos tratando aqui de um projeto de desafetação de uma área pública, que é um procedimento que antecede a transferência de uma área pública. É uma ação do Executivo que nós louvamos, mas a conversa descamba para outros lados: trazem aqui o assunto dos médicos de Cuba, que eu não entendi até agora. Eu não vou entrar no mérito de contestar, aprovar ou desaprovar, mas, pelo que me consta, os médicos de Cuba não vão trabalhar aqui nesse local, até onde eu sei. Eu não sei por que a discussão descambou para os médicos importados de Cuba, eu até agora não sei. Respeitosamente, também, Ver. Dr. Thiago, nós temos uma relação muito fraterna, e a sua fala aqui e a do Ver. Delegado Cleiton demonstram a necessidade que os senhores, da bancada do PDT, têm de sentar um dia para conversar sobre alguns assuntos internos. Este projeto, com todo o respeito, não se presta para essas discussões, ele não tem nada a ver com essas discussões, tanto dos médicos que foram importados de Cuba quanto às discussões internas do PDT, com todo o respeito.

 

O Sr. Delegado Cleiton: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Vendruscolo, com todo o respeito que eu tenho pelo senhor, a nossa Bancada é democrática, nós somos sete. O senhor não tem esse problema, graças a Deus; mas nós somos sete, e nós colocamos nossos debates políticos na Casa, sim, porque é a Casa do Povo e o povo tem que saber desse debate político e o pensamento de cada um dos Vereadores.

 

O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Ótimo, então debatam o projeto, usem esse espaço público para debater o projeto, não as divergências que os senhores têm. Com todo o respeito.

 

O Sr. Dr. Thiago: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) O Ver. Delegado Cleiton é claro que sabe disso: éramos sete, somos cinco agora. E quero lhe dizer que há claramente uma divergência de opiniões e de diretrizes, e isso concerne a cada um de nós.

 

O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Obrigado. Vamos retomar o projeto. O projeto trata de desafetação de uma área pública, encaminhada pelo Executivo, que nós vamos votar favoravelmente, independentemente dos médicos de Cuba ou de onde quer que estejam. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Apregoo correspondência oficial do Ver. Carlos Henrique Casartelli, pela qual comunica que deixa nesta data o cargo de Secretário Municipal de Saúde de Porto Alegre, bem como seu impedimento temporário para assumir mandato nesta Casa no período compreendido entre 23 de fevereiro e 08 de março de 2015.

O Ver. Clàudio Janta está com a palavra para discutir o PLE nº 033/14.

 

O SR. CLÀUDIO JANTA: Eu quero saudar aqui a Prefeitura de Porto Alegre por estar fazendo este projeto, encaminhando-o para esta Casa. Novamente, eu tenho dito que esta Casa é incrível, quando ela quer, Ver. Paulo Brum, ela agiliza as coisas de uma forma bárbara! E esse exemplo nós tivemos no Hospital de Clínicas e, agora, estamos tendo no Hospital Conceição. Isso é ótimo, porque a saúde é uma coisa incrível. Eu acho que nós temos que agilizar ao máximo. Eu quero dizer que os atores de todo esse processo – a Prefeitura, o Grupo Hospitalar Conceição – estão de parabéns.

Eu quero contestar algumas coisas que foram ditas aqui. O nosso partido Solidariedade tem orgulho do nosso Prefeito de Quaraí, Ricardo Gadret, por ter sido o primeiro prefeito, judicialmente, Ver.ª Sofia Cavedon, a trazer o Mais Médicos. Isso saiu no Fantástico, num programa da Band, dizendo que o Prefeito Ricardo trouxe médicos de Cuba, da Jamaica, principalmente do Uruguai e da República Dominicana, porque não conseguia médicos para trabalhar em Quarai! O Prefeito Ricardo é de Quaraí, e os médicos, para trabalharem lá, cobram R$ 25 mil, R$ 30 mil. Então, o Dr. Ricardo levou o Mais Médicos para lá, e há dois anos ele tem sido eleito um dos melhores prefeitos do Rio Grande do Sul. E a saúde em Quarai tem sido apontada como excelência. Quero dizer ao Dr. Thiago que, em alguns lugares, o Mais Médicos funciona, principalmente na gestão do Solidariedade, e esperamos que o senhor se some às nossas fileiras de solidariedade.

Quero dizer ao Delegado Cleiton que nem tudo são flores na saúde de Porto Alegre. Acabaram de ler, aqui, que o Secretário Casartelli está assumindo esta Casa – não é Ver. Paulo Brum? – porque a Prefeitura diminuiu recursos. Isso foi público, notório. Durante o carnaval, o Secretário brigou com o Secretário da Fazenda nas redes sociais, e nós, no Orçamento, brigamos no final do ano, pois queríamos mais dinheiro. Nós estamos cobrando R$ 50 milhões que a União deve. A União não tem feito repasses, pelo contrário, no Orçamento da União foi cortado um monte de dinheiro da área da saúde, como tem cortado da área da educação. Então, como dizia minha avó: “Nesse baile está tudo mundo errado. A música está tocando para um lado e está todo mundo dançando para o outro”. Mas, na questão do Grupo Hospitalar Conceição, eu acho que todo mundo afinou, eu acho que todos acertaram: a Prefeitura, esta Casa, o Governo Federal. Esperamos, em breve, ver a notícia que vimos nos jornais, neste fim de semana, que as obras do Hospital de Clínicas estão adiantadas, que estão além do seu cronograma, estão acima do esperado. Esperamos, em breve, ouvir e ver a notícia de que essa área que nós estamos autorizando a entrega para o Grupo Hospitalar Conceição esteja, também, adiantada, a obra concluída, para que tenhamos mais unidades de saúde em Porto Alegre. A saúde está sempre em primeiro lugar para nós. Para o nosso Partido, a saúde é o que mais importa na vida das pessoas.

Com força, fé, solidariedade e muita saúde, nós vamos melhorar a vida do povo brasileiro. Sejam eles os médicos que forem, pois o povo, Dr. Thiago, precisa de médicos. Eles precisam honrar seu juramento, como o senhor o faz com o seu juramento, como o senhor o faz com o que prometeu: salvar vidas antes de qualquer coisa. Há médicos, assim como há vereadores, advogados, empresários, políticos, policiais, enfim, há em todas as profissões. Então, acho que não podemos generalizar. Muitos médicos estão vindo de fora, pego o exemplo da cidade onde nós administramos, lá os médicos têm contribuído muito para melhorar a saúde das pessoas. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação a Emenda nº 01 ao PLE nº 033/14. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADA.

Em votação o PLE nº 033/14. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 1091/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 104/14, de autoria do Ver. Pedro Ruas e da Verª Fernanda Melchionna, que declara de utilidade pública a Liga de Amadores Brasileiros de Rádio Emissão (LABRE-RS).

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Marcelo Sgarbossa: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CEFOR. Relator Ver. Idenir Cecchim: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Tarciso Flecha Negra: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 26-11-14.

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em discussão o PLL nº 104/14. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.

 

INDICAÇÃO - VOTAÇÃO

 

(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

IND. Nº 068/14 – (Proc. nº 2897/14 – Ver. Delegado Cleiton) – ao Executivo Municipal, que sugere que em todos os programas habitacionais de caráter social do Município geridos pelo Departamento Municipal de Habitação (DEMHAB), próprios ou em parceria com outras esferas do Poder Público, seja destinado o percentual de 3% (três por cento) como reserva aos profissionais servidores da área da segurança pública que se enquadrem no perfil de renda dos mesmos.

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação a Indicação nº 068/14. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADA.

 

(O Ver. Paulo Brum assume a presidência dos trabalhos.)

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 1999/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 219/13, de autoria do Ver. Mauro Pinheiro, que proíbe a prática de trotes de caráter violento ou constrangedor na recepção de novos alunos em instituições de ensino superior com unidades educacionais no Município de Porto Alegre.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Valter Nagelstein: pela existência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CEFOR. Relator Ver. Guilherme Socias Villela: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Kevin Krieger: pela aprovação do Projeto;

- da CEDECONDH. Relatora Verª Mônica Leal: pela aprovação do Projeto;

- da COSMAM. Relatora Verª Lourdes Sprenger: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 10-12-14.

 

O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): Em discussão PLL nº 219/13. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.

 

(O Ver. Mauro Pinheiro reassume a presidência dos trabalhos.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro – às 16h48min): Encerrada a Ordem do Dia.

Apregoo Requerimento de autoria do Ver. Idenir Cecchim, que solicita a retirada de tramitação do PLL nº 293/14. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.

Passamos às

 

COMUNICAÇÕES

 

O Ver. Márcio Bins Ely está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. MÁRCIO BINS ELY: Presidente Mauro Pinheiro, na pessoa de V. Exa. cumprimento os demais Vereadores e Vereadoras, público que nos assiste nas galerias e pela TVCâmara, senhoras e senhores. Venho a esta tribuna no período de Comunicações de hoje para fazer uma reflexão a respeito do período pós-Copa do Mundo, Ver. Cassio Trogildo. Eu quero dizer que, na semana passada, fui convidado pela União dos Vereadores do Brasil – UVB, pelo nosso Vereador Bacarin, para participar de um seminário, de um bate-papo, onde nos foi proposta essa pauta, para que fizéssemos uma avaliação, em especial, a respeito do legado que ficou, do que realmente foi concretizado e do que ainda está em andamento. Eu diria que esse exercício foi bastante interessante para o nosso mandato, porque acabei envolvendo toda nossa estrutura do gabinete – pessoalmente acabei me envolvendo também –, fazendo uma visita em todas as obras que estavam previstas para a Copa do Mundo. E quero dizer que algumas importantes estão concluídas, mas, das que não estão concluídas, todas estão em andamento.

O aeroporto hoje tem um aeromóvel, uma ferramenta importante de conexão da estação de metrô ao terminal de passageiros do Aeroporto Internacional Salgado Filho; a ampliação da pista, que ainda está na pauta e na agenda positiva da Cidade, é algo que se movimentou, lembro as desapropriações, o entorno. Eu diria que temos aquele importante viaduto da rodoviária, uma obra concluída e que eliminou o “x” da rodoviária, aquele gargalo na saída de Porto Alegre, no coração da Av. Castelo Branco, do túnel. O viaduto cujo nome foi proposto pelo Ver. Delegado Cleiton, o nosso Viaduto Senador Abdias Nascimento, próximo ao Inter, uma obra importante também de conexão com a Zona Sul, foi concluída. Cito a duplicação da Av. Beira Rio. A gente realmente entende que faltou areia, houve um debate forte, principalmente na passagem de nível da rua Anita Garibaldi, referente às podas de árvores, mas acho que agora também está na hora de dar uma fincada de pé com as construtoras, enfim, e fazer com que as coisas se viabilizem. Quem vem pela Av. Ceará, vê que a obra está parada; quem sobe pela Av. Cristóvão Colombo, verifica que está andando, mas andando devagar; na Av. Plínio Brasil Milano está recém em vias de se iniciar; a rua Anita Garibaldi já está um pouco mais adiantada; e eu diria que o viaduto que está mais adiantado em Porto Alegre hoje é o da Igreja São Jorge, na Av. Bento. Nós fizemos toda essa volta, e a gente vê, em funcionamento, o Hospital da Restinga, o Socioambiental. Eu diria que falar em tratar 80% do esgoto da Cidade é algo muito relevante e importante. Hoje as ciclovias estão viabilizadas em várias partes da Cidade; com o Plano Diretor Cicloviário, elas estão acontecendo. Sem dúvida, nós qualificamos espaços coletivos na Cidade, importantes espaços coletivos.

Praticamente, temos pronta a obra de infraestrutura dos BTRs em quase todos os corredores onde eles estão previstos: na Av. João Pessoa, na Av. Bento Gonçalves. Eu diria que, em breve, nós vamos ter os ligeirinhos, aqueles ônibus, e quem conhece Curitiba sabe do que estou falando. Nós acabamos fazendo essa volta. Hoje a Rodovia do Parque já chegou, a ponte do Guaíba já está em andamento – o projeto executivo e os complementares.

Então acho que é importante fazermos essa reflexão, porque talvez se tenha feito em quatro anos o que se teria levado mais de 20 ou 30 para fazer. Muita coisa ainda está inacabada, mas eu tenho certeza de que, assim que forem concluídas essas obras, principalmente as de estrutura da Cidade, ficará um grande legado para a população. Eram essas as minhas considerações, Presidente. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

(O Ver. Delegado Cleiton assume a presidência dos trabalhos.)

 

O SR. PRESIDENTE (Delegado Cleiton): O Ver. Mauro Pinheiro está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. MAURO PINHEIRO: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, subo nesta tribuna hoje – poucas vezes subi neste ano, Ver. Clàudio Janta, como Presidente vou procurar presidir, mas estou no período de Comunicações –. porque hoje recebi aqui na Casa uma comitiva de funcionários aposentados, Ver. Bernardino, da Secretaria de Administração, com uma preocupação que achei justa. Então venho à tribuna para falar a respeito da reivindicação.

Nós, como Presidente, acabamos recebendo as categorias, muitas pessoas nos procuram para intermediarmos, e é o que estamos procurando fazer. Assim como recebi o pessoal de Petrópolis hoje, há o pessoal que é a favor do inventário, mas também já recebi os que são contra o inventário. Hoje recebi uma comitiva de funcionários públicos aposentados, tendo em vista que, nos últimos tempos, temos recebido aqui vários projetos que reajustam os salários dos municipários por categorias. Já houve projetos dos servidores da Fazenda. Hoje também existe a discussão, na Casa, para alguns, para os fiscais, servidores do Previmpa, engenheiros, arquitetos, muitos aprovados e todo mundo acabava levando o reajuste salarial desses funcionários por categoria que levam também para os aposentados.

Ao contrário do Projeto nº 11.242, de 04 de abril de 2012, que criou a Gratificação de Incentivo ao Desempenho, a GID, Ver.ª Sofia, aos servidores lotados na Secretaria Municipal da Administração. Só que um grupo de cerca de 175 funcionários aposentados, Ver. Márcio Bins Ely que faz parte do Governo, não recebeu, apesar do art. 9º dizer que eles têm direito. Mas a Prefeitura não está pagando essa GID aos aposentados. São pessoas aposentadas há bastante tempo, alguns inclusive com uma certa idade, com dificuldades. Eles nos procuraram, porque não estão recebendo, e a Secretaria de Administração diz que não consegue entender o que está escrito no art. 9º, pois não conseguem identificar se esses aposentados realmente estavam naquelas funções que cita o art. 9º. Eu acho que não teria nenhum problema para a Prefeitura pagar. Inclusive eu vejo, Ver. Bernardino, que, talvez, não queiram pagar a GID a eles. Eles receberam uma explicação de que a Prefeitura está com dificuldade de caixa. Mas dificuldade de caixa quando nós estamos aqui com um superávit de R$ 269 milhões? Então não temos dificuldade de caixa. Dificuldade teria se o caixa estivesse no vermelho. Se tem o recurso, tem o projeto de lei que dá direito a eles, por que não pagar? Até porque são poucos, em torno de 175 funcionários. E aí dizem que querem fazer um novo projeto especificando a situação deles e que o projeto não chega nesta Casa. Então, como Presidente da Câmara, estou pedindo o auxílio do Líder do Governo, Ver. Airto Ferronato, para sentarmos com o Secretário da Administração e com o Prefeito Municipal para sabermos por que esses 175 funcionários não estão recebendo esse pequeno recurso da GID a que eles têm direito. Pelo Projeto de Lei aprovado, no meu entendimento, eles já têm o direito de receber. O Secretário Municipal diz que não consegue entender porque não consegue identificar se esses aposentados estavam naquelas funções que dão o direito à GID, e diz que tem que ter um novo projeto. Nós aqui da Casa estamos dispostos a votar o mais rapidamente possível. O que não pode ocorrer é que esses funcionários que trabalharam, ao longo dos anos, com dedicação para essa Secretaria, para a Prefeitura Municipal de Porto Alegre, não recebam essa gratificação que agora os da ativa recebem. Por que essa discriminação? Eu não consigo entender por que não está sendo pago. E como eles são um número pequeno de funcionários aposentados, não conseguem fazer uma pressão como outras categorias, que lotam as galerias, e com as quais o Governo se sensibiliza e acaba pagando.

Portanto, faço um apelo ao Prefeito Municipal de Porto Alegre para que escute essa categoria, que dê o que é de direito a eles, porque o Projeto de Lei já foi aprovado, o art. 9º é claro, e esse funcionários aposentados não estão recebendo.

Então, coloco-me à disposição, quero fazer o diálogo com a Prefeitura Municipal de Porto Alegre. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Delegado Cleiton): Obrigado, Ver. Mauro Pinheiro. A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para uma Comunicação de Líder, pela oposição.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Obrigada, Vereador-Presidente nos trabalhos, Presidente negro; ontem a cerimônia do Oscar emocionou todos com a vitória da música Glory, uma música do filme Selma, que retoma a luta pela liberdade dos negros nos Estados Unidos da América. Então, acho que aos pouquinhos, muito aos pouquinhos, vamos mudando esse quadro.

Em nome da oposição, eu quero trabalhar mais um pouco a ação popular, com a qual a Bancada do PT entrou - sei que a Bancada do PCdoB, do PSOL também têm iniciativas nesse sentido -, e que questiona a construção do reajuste da tarifa do ônibus em cima de fatos objetivos, em cima da alteração que o Executivo fez em 9 de fevereiro deste ano, através de um Decreto, da planilha de cálculo tarifário. O nosso Líder, Ver. Marcelo Sgarbossa, já abriu aqui, mas eu vou retomar, porque é incompreensível, Ver. Janta, como se altera a vida útil dos pneus, que antes era estabelecida em 228 mil quilômetros rodados, e agora passa para 168 mil quilômetros rodados. O que justifica essa tão drástica mudança, uma vez que, inclusive, há ou deveria haver melhorias urbanas na Cidade?

A segunda alteração também é incompreensível: o aumento do consumo. Num dos itens em todas as categorias, os coeficientes de consumo de combustível por veículo foram ampliados como critério, numa delas chegou a 74% a mais de combustível, como referência, do gasto de combustível, para fins de compor a planilha, os custos das empresas do ônibus. E a terceira mudança gritante e inexplicável é que a Prefeitura modifica o levantamento de dados para coleta de preços para diversos insumos. A Prefeitura deixa de fazer esse levantamento através da pesquisa, da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis, pasmem, e passa a considerar os dados que constam nas notas fiscais das compras das próprias empresas, Ver. Marcelo Sgarbossa, nosso Líder, e Ver. Kopittke, que são advogados e que assinam essa ação popular em nome do conjunto da Bancada do Partido dos Trabalhadores.

E é nítido que há necessidade de um estudo aprofundado de órgãos de controle, órgãos técnicos. Espanta-nos que o Comtu, o Conselho de Transporte, não identifique uma mudança dessas, não reflita sobre ela, não socialize com a população e aceite como dado que é possível fazer mudanças tão graves, tão diversas e tão nítidas para aumentar custos, considerando aumento de custos, consagrando aumento de custos, validando aumento de custos, possivelmente argumentado pela empresas operadoras, empresas essas que estão irregularmente atuando na Cidade, e agora mais flagrantemente irregularmente, porque elas fazem lobby, elas deixam de participar da licitação – duas vezes vazias as licitações na cidade de Porto Alegre –, certamente acordados com empresas do Brasil inteiro, porque não é possível que outras não tenham interesse num negócio tão lucrativo, e seguem chantageando a Prefeitura.

Eu quero parabenizar, em nome da nossa Bancada, os escritores da ação, os nossos dois representantes legais, o Ver. Kopittke e o Ver. Sgarbossa, a partir da discussão que nós fizemos, da reflexão que a Bancada do PT vem fazendo e do projeto de lei que nós queremos votar nesta Casa para devolver a gestão do serviço público à Prefeitura. Só que o que a Prefeitura faz é abrir mão dessa gestão...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Delegado Cleiton): A Ver.ª Mônica Leal está com a palavra em Comunicações. (Pausa.) Ausente. O Ver. Paulo Brum está com a palavra em Comunicações. (Pausa.) Ausente. O Ver. Valter Nagelstein está com a palavra em Comunicações. (Pausa.) Ausente. O Ver. Waldir Canal está com a palavra em Comunicações. (Pausa.) Ausente.

Passamos à

 

PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR

 

(05 oradores/05 minutos/com aparte)

 

1ª SESSÃO

 

PROC. Nº 0800/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 080/14, de autoria do Ver. Engº Comassetto, que denomina Rua Normélio Jacob Mazzo o logradouro não cadastrado conhecido como Beco 1 – Avenida Belém Velho –, localizado no Bairro Vila Nova.

 

PROC. Nº 2916/14 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 039/14, de autoria do Ver. Mauro Pinheiro, que concede o Diploma Honra ao Mérito à empresa Refugiu’s Bar Ltda.

 

PROC. Nº 2922/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 272/14, de autoria do Ver. Guilherme Socias Villela, que concede o título de Cidadão de Porto Alegre ao senhor David Nunes.

 

PROC. Nº 2971/14 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 042/14, de autoria do Ver. João Bosco Vaz, que concede o Diploma Honra ao Mérito à Associação Beneficente e Cultural Irajá de Almeida Guterres – Samba do Irajá.

 

PROC. Nº 3045/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 291/14, de autoria do Ver. Idenir Cecchim, que denomina Rua Ivar Piazzeta o logradouro público cadastrado conhecido como Rua 2086 – Loteamento Parque Empresarial Condor –, localizado no Bairro São João.

 

PROC. Nº 0143/15 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 008/15, de autoria do Ver. Elizandro Sabino, que denomina Rua Carlos Motta Sobrinho o logradouro público cadastrado conhecido como Rua 23 – Loteamento Residencial Rubem Berta –, localizado no Bairro Rubem Berta.

 

PROC. Nº 2160/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 203/14, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Praça Santo Antônio de Categeró o logradouro público não cadastrado conhecido como Praça 7161 – Loteamento Vila Nova Restinga –, localizado no Bairro Restinga.

 

PROC. Nº 2869/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 265/14, de autoria do Ver. Mario Manfro, que concede o título de Cidadão de Porto Alegre ao senhor Andrés Nicolás D’Alessandro.

 

PROC. Nº 2910/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 270/14, de autoria do Ver. Waldir Canal, que concede o título de Cidadão de Porto Alegre ao senhor Aloyzio Cechella Achutti.

 

PROC. Nº 2923/14 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 040/14, de autoria do Ver. Nereu D’Avila, que concede a Comenda Porto do Sol ao senhor Paulo Monteiro Freitas.

 

PROC. Nº 2949/14 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 041/14, de autoria do Ver. Nereu D’Avila, que concede o Diploma Honra ao Mérito ao médico Roberto Luiz de Borba Borges.

 

PROC. Nº 3019/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 283/14, de autoria do Ver. Idenir Cecchim, que concede o título de Cidadão de Porto Alegre ao senhor Sebastião de Araújo Melo.

 

PROC. Nº 3039/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 287/14, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que declara de utilidade pública a Associação Sul-Riograndense de Apoio ao Desenvolvimento de Software – Softsul.

 

O SR. PRESIDENTE (Delegado Cleiton): A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para discutir a Pauta.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras; o relógio encerrou a minha fala, mas eu agradeço ao Presidente porque ele ia me conceder alguns segundos para o término. Eu quero nesse sentido sugerir ao Ver. Mauro Pinheiro que estabeleçamos uma regra, porque facilita a quem conduz os trabalhos: encerrou, encerrou. Só em casos excepcionais de um debate muito acirrado... porque fica muito complicado para quem está dirigindo a Sessão.

Sobre o tema da Pauta, eu digo que há várias praças e ruas sendo denominadas, e quero fazer uma reflexão sobre esse assunto. Eu tenho votado sistematicamente contrário, na Comissão de Educação, à denominação de ruas e praças que não tenham a manifestação dos moradores da rua, cadastrados ou não cadastrados. Eu acho que esta Casa tinha que ter um cuidado e uma atenção mais especial com a população de Porto Alegre. Eu não vou falar especificamente de um Vereador ou de outro. Eu vou falar é do último episódio que nós vivemos. O Instituto Federal Restinga fez um debate que levou seis meses com os alunos, com a comunidade escolar, escolhendo um nome para colocar na sua rua, vejam! É uma rua que vai indicar o direcionamento do Instituto, de uma escola de Ensino Superior. Escolheram o nome de um falecido professor da UFRGS. E o que aconteceu quando fomos denominar a rua, e eu vinha alertando? A rua já tinha sido denominada sem consulta nenhuma, por um trabalho burocrático e sistemático que algum Vereador faz nesta Casa. E aí frustrando toda uma comunidade escolar, todo um processo que nós consideramos de pertencimento, de identidade, de amorosidade pela Cidade, pelo que é público. Um processo que foi bonito, um processo pedagógico, realizado pela direção da instituição com alunos, pais e professores, e que foi frustrado pela forma com que os Vereadores aqui consideram, ou consideraram em um determinado momento. Eu apresentei um projeto de lei, Ver. Janta, em que nenhuma rua, cadastrada ou não, podia ser denominada sem a manifestação dos moradores. E ele foi derrotado neste plenário porque os Vereadores acham que tem que ter liberdade e tal. Eu acho que, se eu moro numa rua, e alguém vai denominá-la, por favor! O mínimo que podem fazer com o cidadão e a cidadã é consultar. Então, acho que nós tínhamos que alterar essa situação, eu devo ter centenas de ruas que eu votei contrário escrevendo, tendo a paciência de escrever: “contrária porque não há manifestação de moradores”. E, de novo, esse episódio!

Agora nós vamos comunicar à comunidade escolar do Instituto Restinga que já há um nome de rua na sua rua, um nome que eles desconhecem, não sabem o processo, foram pegos de surpresa. Estão em Pauta aqui vários nomes de rua, eu não acho que deva ser a principal ação nossa, eu faço muito poucas. Eu tenho 12 anos nesta Casa e tenho pouquíssimos nomes de rua. Todos os que foram dados por mim, que são dois ou três, foram através de um processo coletivo de construção com a comunidade da rua que estaria implicada.

Faço esse apelo porque acho que a nossa Cidade precisa de investimento do amor ao que é de todos. Não é só a nossa Cidade, é o nosso País. Quando a gente vê a Cidade superpichada, a gente não vai tratar como um puro e simples caso de polícia. Nós temos que compreender que a nossa juventude não se sente parte desta Cidade, ela agride a Cidade, ela escreve, ela manda recado pelas paredes, assim como outros atos de vandalismo, outros comportamentos que não são comportamentos urbanos, solidários, delicados. Falta uma cultura de convivência, uma cultura de vivência. Esse tipo de atitude, o fato de a gente desconsiderar as pessoas para dar nome a uma rua apenas determina que o cidadão não se sinta coletivo, não se sinta respeitado, não se sinta construindo a sua cidade e a sua vida. Acho que nós, Edis, devemos mudar esse quadro.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Delegado Cleiton): O Ver. Clàudio Janta está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. CLÀUDIO JANTA: Sr. Presidente, Ver.ª Sofia; eu nem ia falar porque já estou até enjoado de falar. Quando li a Ordem do Dia, me perguntei sobre o que falar numa Ordem do Dia que só tem nome de rua, nome de rua, nome de rua. Mas a Ver.ª Sofia provocou aqui, acho que ela viu algo para falar. Eu pedi agora mesmo ao Dr. Albino, da minha assessoria, que, quando chegassem os documentos da CUTHAB... Por incrível que pareça, Ver. Cassio e Ver. Cleiton, nós fizemos parte da CUTHAB, e nenhum de nós tem projeto de nome de rua! Acho engraçado porque é a Comissão que teria que discutir com a comunidade essas questões de nome de rua, de transformar o beco A, B ou C numa rua. Acho que, se a Ver.ª Sofia falou, é legal.

Até hoje, eu não sei quem é a pessoa que deu nome à rua onde eu moro. Não sei, já procurei, só sei que é um policial – colega do Ver. Delegado Cleiton –, que pode ter me batido no período em que eu era estudante. Eu moro numa rua que tem o nome de um cidadão que ninguém sabe quem é! Então, eu acho que, quanto à pauta de hoje – para a população saber no que nós estamos falando aí hoje –, nós não temos o que falar, porque a pauta é toda específica: são três folhas que tratam só de nome de rua, de beco, etc. Acho que o nosso papel aqui é importante para darmos dignidade para a população quando ela recebe a conta de luz, a conta de água, quando ele dá o endereço para um amigo para ir visitá-lo, diz que mora na vila tal, no bairro tal, na rua tal; não é rua A, B, C, rua 1, 2, 3. Agora, é desnecessário fazer todo o mandato dando nomes a ruas. Acho que tem que discutir o nome da rua com as pessoas: pode ter uma pessoa que ajudou muitas as outras; pode ter uma parteira como antigamente, como no caso do entorno do Beira-Rio, em que o clube sugeriu o nome, porque podia haver uma guerra na Câmara de Vereadores. Acho que a Arena do Grêmio tem que dar o mesmo encaminhamento para os nomes do entorno. Isso não vai tirar o direito dos Vereadores, que têm que legislar para o povo e dar dignidade a ele. A dignidade para esse povo é ter endereço, é ter um CEP, saneamento básico, luz, ônibus. Mas a Pauta de hoje é somente sobre nome de ruas, não tem assunto de relevância para a população de Porto Alegre. Que a Ver.ª Sofia reapresente o projeto que é de antes de estarmos aqui, ou sugiro que as Bancadas façam um projeto de Mesa para que esses nomes de ruas sejam discutidos com a comunidade. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

(O Ver. Mauro Pinheiro reassume a presidência dos trabalhos.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Delegado Cleiton está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. DELEGADO CLEITON: Sr. Presidente; Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, eu era um dos que entrou aqui e reclamava que Vereador colocar nome de rua não era uma ação coerente. Mas, andando nesta Cidade – e a gente tem andado bastante – e conversando com as pessoas e suas comunidades... Esses dias um Vereador disse que vamos fazer uma disputa, uma olimpíada de quem anda mais. Não é essa a questão, é que in loco a gente sabe a verdadeira necessidade das pessoas. Então nós temos andado bastante e conversado com as pessoas. Eu aprendi aqui dentro desta Câmara sobre a importância de se dar um CEP, a importância para aquela pessoa que chega para fazer um crediário, uma coisa simples, e, em vez de dizer Rua X, que há várias... E a pessoa pergunta em qual bairro, porque naquele bairro tem mais de mil ruas... Ela diz: “Eu moro no beco tal”. Realmente, eu até concordo com a Professora Sofia: o Vereador ir lá e denominar aquela rua é dar autoestima. É pouquinho? É! Nós, num País com tantas dificuldades, o mínimo que podemos levar para criar uma autoestima nas pessoas já é válido. Vereador Janta, eu tenho a sugestão de pouquíssimos nomes de rua, mas tem uma que a comunidade veio me trazer aqui, porque, na verdade, eles pediram para um antigo Vereador e ele acabou colocando o nome de uma raça de cavalo na rua. Eles queriam o nome de um menino que havia falecido com uma bala perdida - e ainda bem que não passou aqui, até porque o projeto já expirou. Nós refizemos esse ofício, esse requerimento, com a assinatura da comunidade, e nós temos um nome de rua, que eu acho essencial. E tem lá, para ser encaminhado, senhores, nomes de lideranças comunitárias para algumas ruas. Muitas vezes, vemos nomes de pessoas que fazem história e que têm nome em ruas, escola, colégio e avenida, mas não vemos nomes de pessoas que, verdadeiramente, fazem a história para o seu bairro, aquelas lideranças comunitárias que ali, de graça, sem um tostão, correm atrás das necessidades dos seus pares naquelas comunidades. Então, eu acho justo que os nomes dessas pessoas sejam colocados em nomes de ruas de seus bairros. Eu recebi um telefonema que existia um morador que não queria aquele nome na sua rua porque não significava nada para ele, e realmente não houve sensibilidade – o que temos que ter aqui é sensibilidade. Há um rapper aqui da cidade de Porto Alegre – esqueci o seu nome, uma falha minha – que representa as periferias, e na sua música fala que eles não veem a juventude, as minorias em nomes de ruas.

Então, temos que quebrar essas regras, sim, vamos colocar nomes de ruas e em monumentos de quem faz história, para que essas pessoas, esses jovens vejam e se espelhem: “Vale a pena eu passar nessa rua e ter no meu bairro o nome desse homem aqui, porque ele fez por Porto Alegre”. Então, o significado de pôr ou não o nome de rua... E aprendi, aqui, senhores: nós não podemos somente trabalhar colocando nomes de ruas, mas o nome de rua dignifica e dá autoestima aos seus moradores. Obrigado, senhores.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.

 

(Encerra-se a Sessão às 17h22min.)

 

* * * * *